Análise de preço do bitcoin (parte 3): considerando volumes negociados e termos pesquisados
Nas últimas 24 horas, o volume de bitcoins negociados em corretoras foi dominado pela negociação em tether (USDT), em que os mercados de dólar americano (USD) representam 13% do volume total.
Tether é uma moeda estável (stablecoin) com um lastro ao dólar americano. Atualmente, stablecoins representam mais de 75% do volume informado de negociações nas últimas 24 horas.
Em vez de apresentar um fundo negociado em bolsa (ETF) nos EUA, a Chicago Mercantile Exchange (CME) lançou futuros de bitcoin firmados em dinheiro no quarto trimestre de 2017. O produto institucional teve altos volumes e posições abertas no último ano, com uma alta recorde no dia 19 de maio.
Futuros de bitcoin firmados em dinheiro ou fisicamente da corretora Bakkt foram lançados em setembro de 2019 e teve volumes crescentes ao longo de 2019, cujo volume e posições abertas vêm crescendo desde abril. Bakkt e CME também lançaram um produto de opções de bitcoin.
O volume global de negociações de mercado de balcão (OTC), na LocalBitcoins.com, caiu entre o fim de 2017 e meados de 2019 e, em seguida, caiu novamente até o início de 2020. O volume nocional global se manteve próximo ou acima de US$ 50 milhões desde o início de 2020.
Em maio de 2019, LocalBitcoins parou de atender o Irã, provavelmente em consequência a sanções americanas e, em junho de 2019, a opção para pagar em bitcoins pessoalmente com dinheiro foi desativada.
A América Latina (marrom) possui a maior porcentagem de volume total nocional, após a leste europeu (laranja).
O Oriente Médio (amarelo) e as regiões da Austrália/Nova Zelândia (cinza) possuem o menor volume nocional, pois ambos tiveram menos de US$ 1 milhão em volume de negociação na última semana.
Volumes nocionais para Venezuela e Colômbia estão em US$ 4,5 milhões e US$ 2,9 milhões, respectivamente. O banco central da Venezuela planeja deter bitcoin em seu sistema de reservas.
Dados mundiais no Google Trends para a busca pelo termo “bitcoin” aumentaram significativamente entre março e junho de 2019, marcando uma nova alta anual.
Desde junho, o interesse pelas pesquisas caiu, mas começou a aumentar um pouco nas últimas semanas, provavelmente resultado do evento de halving na recompensa por bloco.
Provavelmente, o aumento anterior no tráfego de pesquisa é relacionado tanto ao aumento drástico no preço no segundo trimestre como às menções de inúmeros funcionários governamentais dos EUA, incluindo o presidente.
Durante 2018, pesquisas relacionadas a “bitcoin” diminuíram drasticamente. Apesar do interesse decrescente, a pesquisa por “o que é bitcoin” foi a pesquisa “o que é…” mais popular no Google em 2018.
Um breve aumento nas pesquisas por “bitcoin” aconteceu na “bull run” no quarto trimestre de 2017, provavelmente indicando uma grande onda de novos participantes de mercado na época.
Porém, um estudo realizado em 2015 descobriu uma forte correlação entre dados do Google Trend e o preço do bitcoin enquanto um estudo realizado em 2017 concluiu que, quando as pesquisas no Google “bitcoin” aumentaram drasticamente nos EUA, o preço do bitcoin caiu.