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Análise de padrão do dólar indica que Ibovespa pode subir mais de 50%

26 maio 2020, 15:10 - atualizado em 26 maio 2020, 16:31
Daniel Gewehr, que assina a análise do banco, encontrou um padrão claro (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

Boa parte do tempo de analistas e investidores é gasto na busca de sinais que mostrem quando o mercado vai cair ou subir, e com que intensidade. Afinal, perceber antes o que vai acontecer é a diferença entre fazer e perder fortunas.

Pensando nisso, o Santander (SANB11) estudou quando o câmbio pode indicar movimentos de alta na Bolsa brasileira e de outros países.

Daniel Gewehr, que assina a análise do banco, encontrou um padrão claro, capaz de predizer períodos de valorização. Seu estudo comparou a desvalorização de moedas locais, como o real e o peso argentino, com o comportamento das ações nos 180 dias seguintes.

Padrão

Ele descobriu que, sempre que uma moeda está sobrevendida numa proporção de dois desvios-padrão abaixo de sua média, o índice de ações da bolsa local sobe nos 180 dias posteriores.

Traduzindo: a oscilação do câmbio costuma ocorrer dentro de uma certa faixa, cujo eixo é a cotação média da moeda. Quando a moeda local perde muito valor (dois desvios abaixo da média), é sinal de que a Bolsa vai subir.

A intensidade desta alta varia, conforme o país. Entre as moedas estudadas, o peso argentino antecipou uma alta de 5,3% da bolsa local. Já no Brasil, o retorno foi de 52,8%.

O Santander observa que o Brasil vive uma situação dessas agora. O real é negociado com um desvio-padrão de -2,3 vezes, em relação à média. Se suas observações estão corretas, é a senha para uma alta nos próximos seis meses.

Gewehr reconhece, contudo, que o estudo possui duas limitações: o pequeno número de amostras no Brasil, e o fato de desconsiderar o valuation do mercado.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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