Anac suspende operações da Voepass

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou na madrugada desta terça-feira (11) a suspensão das operações aéreas da companhia Voepass, citando “não conformidades” com o cumprimento de regras do setor.
A Voepass conta atualmente com seis aeronaves. A operação inclui 15 localidades com voos comerciais e duas com contratos de fretamento, afirmou a Anac no comunicado à imprensa.
“A decisão da Anac decorre da incapacidade da Voepass em solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela agência, bem como da violação das condicionantes estabelecidas anteriormente para a continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos”, afirmou a agência.
A Voepass disse em comunicado à imprensa que sua frota em operação “é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança”.
- E MAIS: Duas ações para investir agora e poder ‘surfar’ a alta da Selic e o dólar
A decisão veio praticamente sete meses depois que um avião ATR da Voepass caiu em Vinhedo (SP) matando todas as 62 pessoas a bordo. Além disso, a suspensão dos voos da empresa também veio um mês depois de um pedido de recuperação judicial da companhia.
Segundo a Anac, após a queda do avião da empresa em agosto do ano passado, houve a implantação de uma operação assistida de fiscalização da agência nas instalações da Voepass.
A Anac afirmou que em fevereiro detectou “degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela agência”.
Somado a isso, a Anac citou ainda que houve “quebra de confiança” entre a agência e a companhia depois que a autarquia verificou “reincidência de irregularidades” e “falta de efetividade do plano de ações corretivas”.
A suspensão das operações aéreas da Voepass foi determinada pela Anac até que a empresa prove retomada de capacidade “de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes”.
A Voepass afirmou no comunicado que iniciou “tratativas internas” para demonstrar que tem capacidade de garantir os patamares de segurança exigidos, mas não citou prazo sobre quando isso pode ocorrer.