Americanas vale um “dinheirão”, apesar da B2W, diz XP
O investimento na Lojas Americanas vale um “dinheirão”, apesar da constante queima de caixa de seu braço digital B2W, avalia a XP Gestão em seu relatório de renda variável publicado na semana passada. Segundo a equipe da gestora, o mercado penaliza excessivamente as ações da companhia por conta da sua subsidiária, “sendo que a visibilidade de melhora nesse segmento é muito melhor agora que nos últimos anos”.
A XP não nega a influência relevante da B2W sobre o balanço da Lojas Americanas, porém entende que para as ações andarem é preciso que ela apenas queime menos caixa que nos últimos anos. A Amazon, que é vista como uma grande concorrente entrante no país, não terá vida fácil por aqui por conta das dificuldades tributárias e logísticas, avalia a equipe.
“E a cereja no bolo é que, retirando o valor de mercado da B2W em cada um dos momentos, a última vez que a parte física das Lojas Americanas negociou tão barata foi em 2009. Para nós, aqui pode estar um dinheirão. Como a gente sempre diz, nunca prometeremos performance, mas prometemos que seguiremos buscando outros dinheirões. É o que gostamos de fazer e, de novo, é como gastamos a maior parte do nosso tempo”, ressalta a XP.
Lojas físicas
A XP aposta na continuidade do crescimento das margens da empresa com os novos projetos em implementação, o que o mercado não tem acreditado. O mais relevante, segundo a gestora, é o projeto “pricing”. A ideia é diferenciar os preços vendidos conforme os bairros em que as lojas estão localizadas. Atualmente o preço é o mesmo em toda a rede. “Sim, um chocolate na loja do Leblon é o mesmo preço de uma loja na periferia”, diz a gestora.
As ações da Lojas Americanas têm queda de 10,8% em 2017, enquanto os papéis da B2W têm valorização de 28%.