Americanas S.A. frustra expectativas em estreia e despenca 9%; LAME4 cai 62%

As ações da nova empresa da Lojas Americanas (LAME3;LAME4), a Americanas S.A (AMER3), fecharam em forte queda de 8,94% na sessão de estreia na B3, negociadas a R$ 61,92, em dia de queda generalizada dos mercados devido a preocupação com a nova variante da Covid-19.

Enquanto isso, os papéis preferencias da Lojas Americanas despencaram 62,20%, a R$ 7,90, como o previsto devido a cisão das operações da B2W, que deixaram de ser negociadas na Bolsa. As ordinárias fecharam a R$ 7,77, queda de 62%.

A Lojas Americanas, que antes possuía 64% da B2W, passará a deter 38,9% na Americanas S.A.

Entendendo a nova empresa

A Americanas S.A. é a nova empresa que vai unir a B2W e parte das ações da Lojas Americanas.

Segundo as companhias, o acervo a ser cindido pelas Lojas Americanas para a nova companhia corresponde a 100% dos ativos físicos e 57% da fintech Ame.

O investidor que tem ações da Lojas Americanas receberá oito papéis de AMER3 para cada 100 ações de LAME3 ou LAME4 que possuir. Ou seja, caso possua 1000 ações de LAME4, receberá 180 ações de AMER3, aos preços de mercado.

Para quem tinha uma ação de BTOW3 no dia 16, iniciou o pregão de hoje com uma ação de AMER3.

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Entre os objetivos da operação, as empresas destacam que a companhia combinada criará “um motor de fusões e aquisições ainda mais poderoso para avaliar, negociar e integrar novas aquisições”.

Juntas, as empresas possuem uma rede de cerca de 1.700 lojas físicas em 750 cidades do país e um marketplace online com mais de 87 mil vendedores e vendas totais de 40 bilhões de reais no ano passado.

Preço frustra

Pelos cálculos da XP, a Americanas SA estrearia com preço de R$ 66,5 por ação. Já o papel ordinário e preferencial da Lojas Americanas cairia de R$ 20 para R$ 10.

Segundo o BTG, as ações da Lojas Americanas estão com desconto excessivo.

Nova gigante

Segundo a Guide Investimentos, a incorporação não só vai criar ganhos operacionais, como também aproximará a Americanas do grande diferencial do Magazine Luiza (MGLU3): a multicanalidade.

“A reestruturação do grupo é aguardada há algum tempo em função dos ganhos operacionais, principalmente em termos de unificação da estratégia e da tomada de decisão, e além dos ganhos com a multicanalidade, grande diferencial da concorrente Magazine Luiza”, afirmou o analista Luis Sales.