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Americanas diz que bancos reduziram caixa da empresa para R$ 250 mi com bloqueios

19 jan 2023, 20:35 - atualizado em 19 jan 2023, 20:45
Americanas
A situação do Grupo Americanas tem se agravado a cada dia, o que coloca em risco grave a continuidade das operações (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Além de pedir recuperação judicial à Justiça do Rio de Janeiro, a defesa da Americanas (AMER3) solicitou que BV, Bradesco (BBDC4), Itaú e Safra sejam obrigados em seis horas a devolver recursos que bloquearam em contas da varejista.

A peça afirma que a varejista possui apenas cerca de R$ 250 milhões em caixa para honrar com os pagamentos de obrigações.

Os advogados destacam que, nesta quarta, 18, a companhia possuía apenas R$ 800 milhões em recursos, como antecipou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Entretanto, a quantia caiu diante dos bloqueios de recursos feitos por bancos credores.

“A situação, que já era gravíssima, piorou. De forma ilícita, arbitrária e ilegítima, o Safra, o Bradesco e o Itaú também promoveram resgates e bloqueios indevidos no caixa do Grupo Americanas”, afirma a peça enviada à Justiça nesta tarde.

Segundo a defesa da companhia, o Bradesco teria bloqueado R$ 474.160.121,11, enquanto o BV reteve R$ 206.995.074,40, o Safra, R$ 95.078.544,76, e o Itaú, R$ 45.698.227,67.

O texto afirma que não há decisões judiciais que permitam aos bancos de fazer estes congelamentos. São cerca de R$ 822 milhões ao todo.

Na última sexta-feira, 13, a Americanas obteve na Justiça do Rio uma cautelar que impedia o vencimento antecipado de dívidas.

Hoje, a defesa da companhia afirma que Safra e Itaú descumpriram a decisão sem se manifestarem sobre os efeitos da liminar.

O único banco que obteve decisão favorável neste sentido foi o BTG Pactual. “Mas essa decisão, evidentemente, favorece somente o BTG, e não se estende aos demais credores, porque cingiu-se a avaliar as peculiaridades daquela hipótese específica e determinou, inclusive, o bloqueio dos valores na conta da referida instituição financeira”, afirmam os advogados da Americanas.

“A situação do Grupo Americanas tem se agravado a cada dia, o que coloca em risco grave a continuidade das operações e, consequentemente, sua sobrevivência”, prossegue a defesa da varejista.

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