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Americanas dispara 7,3% após Cade aprovar compra da Hortifruti Natural da Terra

06 out 2021, 17:57 - atualizado em 06 out 2021, 17:57
Lojas Americanas
A compra foi avaliada em R$ 2,1 bilhões (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

As ações da Americanas (AMER3) dispararam 7,31%, cotadas a R$ 32,72, nesta quarta-feira (06).

A alta veio após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a compra da  Hortifruti Natural da Terra pela varejista.

A transação foi anunciada em 11 de agosto desse ano. A compra foi avaliada em R$ 2,1 bilhões.

A Americanas afirmou na época que o preço da aquisição equivale a 9 vezes o múltiplo EV/Ebitda estimado do Natural da Terra para 2021.

Americanas pode virar “Amazon brasileira”

Para a XP Investimentos, a aquisição da Natural da Terra mostra que a Americanas S.A. está seguindo os passos da Amazon (AMZO34), que começou como uma modesta livraria virtual e expandiu suas operações até se tornar a maior varejista virtual do mundo.

“Vemos a aquisição da Americanas como semelhante à aventura da Amazon no varejo de alimentos por meio da Whole Foods”, afirmam Daniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, que assinam a análise da XP.

O trio acrescenta que “este movimento se difere da estratégia de outras empresas brasileiras que hoje optam por fazer apenas parcerias com varejistas de alimentos por meio de seus marketplaces.”

Consumo recorrente

Para a gestora, a aquisição é “estrategicamente positiva”, pois a Americanas S.A. entrará num nicho com alta recorrência de compras, por meio de um “ativo de alta qualidade” – a Natural da Terra.

“No entanto, observamos que o valuation não foi barato”, sublinham os analistas, que explicam que o valor do negócio está praticamente em linha com os demais varejistas de alimentos, e “ligeiramente abaixo” do múltiplo da própria Americanas S.A.

De qualquer modo, o negócio não representará um grande impacto no caixa, segundo o Victor Saragiotto, analista do Credit Suisse. Ele lembra que a aquisição será paga 100% em dinheiro. Com isso, a alavancagem da Americanas S.A. chegará “a 0,,8 vez net cash to Ebitda”, o que “abre espaço” para outra grande fusão ou aquisição.

 

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