Americanas (AMER3): Varejista reporta queda de 60% no caixa de julho
A Americanas (AMER3) reportou um total de R$ 1,128 bilhões em caixa disponível em julho de 2024. O valor representa uma queda de 60% em relação aos R$ 2,852 bilhões registrados em junho.
Além disso, segundo o comunicado divulgado pelos administradores judiciais da varejista, a dívida total com empréstimos, financiamentos e debêntures totalizou R$ 24,902 bilhões — cerca de 16% que os R$ 21,327 bilhões do mês anterior.
O documento destaca que os dados divulgados não incluem o endividamento bancário associado ao risco sacado.
A Americanas fechou quatro lojas durante o mês de julho, finalizando o período com 1.694 unidades. Já o número de clientes registrou ligeira alta de 1,2%, totalizando 44,14 milhões de clientes ativos.
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Americanas registra prejuízo e ações atingem menor patamar da história
Na quarta-feira (14), após o fechamento do mercado, a Americanas reportou prejuízo de R$ 2,272 bilhões no ano de 2023.
Foi a primeira divulgação de resultados consolidados da varejista referente ao ano passado, sendo que em janeiro de 2023 foi anunciada uma fraude contábil que levou a empresa a uma recuperação judicial.
O prejuízo reportado é 82,8% menor em relação a 2022, considerando os números reapresentados após a descoberta da fraude de resultados.
No ano passado, o lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação (Ebitda) fechou negativo em R$ 2,804 bilhões — 56,9% melhor do que em 2022. Já a receita líquida de 2023 foi de R$ 14,942 bilhões, 42% menor do que no ano anterior.
A dívida líquida da Americanas terminou o ano de 2023 em R$ 33,456 bilhões, alta de 20,8% sobre 2022.
Os resultados não agradaram os investidores. No pregão do dia seguinte, a Americanas viu as suas ações caírem mais de 70% ao longo do dia e rodando nos R$ 0,09 (menor patamar histórico), encerrando com um recuo de 57,58%, a R$ 0,14.
Além dos balanços negativos, a Americanas informou que vai descontinuar a divulgação de seu guidance — que são as projeções financeiras da companhia.
Segundo o comunicado, a decisão busca permitir que a varejista reavalie a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação, na data de hoje, dos seus resultados do exercício social encerrando em 31 de dezembro 2023 e dos trimestres findos em 31 de março de 2024 e 30 de junho de 2024.