Bilionários

Americanas (AMER3): Um ano de crise abalou fortuna de Lemann, Telles e Sicupira? Confira

11 jan 2024, 12:11 - atualizado em 11 jan 2024, 12:11
Americanas
Caso Americanas completa um ano nesta quinta-feira (11) (Imagem: Divulgação/Fundaçaolemann)

Nesta quinta-feira (11) completa um ano desde que a Americanas (AMER3) trouxe a público a crise que enfrenta. Sob a fala de “inconsistências contábeis”, o rombo da ordem de R$ 20 bilhões foi um marco no mercado corporativo no ano anterior.

Desde a revelação, a companhia praticamente definhou na Bolsa, fechou lojas, demitiu funcionários e perdeu clientes. No entanto, a fortuna do trio com participação na varejista, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira segue imponente.

De acordo com o ranking de bilionários divulgada pela Forbes, o trio ocupa a terceira, quarta e quinta posição entre os mais ricos do Brasil, respectivamente.

Lemann se destacou com fortuna avaliada em US$ 17 bilhões, seguido por Telles com US$ 11,3 bi e Sicupira com US$ 9,3 bi. Se comparado com o ranking de bilionários, divulgado no final de 2022, Lemann tinha US$ 15,4 bi, seguido por Telles (US$ 10,3 bi) e Sicupira (US$ 8,5 bi).

O ex-CEO da AmericanasMiguel Gutierrez, chegou a afirmar que Jorge Paulo LemannMarcel Telles e Carlos Alberto Sicupira exerciam “forte influência e controle” sobre a contabilidade da varejista. A declaração consta do depoimento dado por escrito à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga as fraudes bilionárias descobertas na empresa no início do ano.

Fundada no Rio de Janeiro em 1929, a varejista teve seu capital pulverizado ainda nos anos 1940. No início dos anos 80, Lemann, Telles e Sicupira compraram sistematicamente fatias da empresa, até assumir seu controle em 1982.Por quase 40 anos, foram os acionistas controladores da Americanas, por meio da 3G Capital.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Rombo da Americanas

A Americanas sentiu ao longo de 2023 fortes impactos do rombo na empresa. Se no fim de 2022 a companhia contava com 1.882 lojas, esse número caiu para 1.759, conforme últimos dados divulgados oficialmente.

Houve também perda de clientes ativos, ou seja, aqueles que compraram na varejista nos últimos 12 meses, saindo de 49,1 milhões para 41,5 milhões.

* Com Márcio Juliboni