Americanas (AMER3) tem dívida de quase R$ 2 bilhões com União e estados em tributos
Dos R$ 43 bilhões em débitos que a Americanas (AMER3) apresentou à justiça como justificativa para o pedido de recuperação judicial, cerca de R$ 1,8 bilhão são de dívidas tributárias com o governo federal, São Paulo e Rio de Janeiro.
Apesar de expressivo, o valor da dívida fiscal não é incluído no plano de recuperação judicial. As dívidas fiscais com os estados e com a União serão analisados e abatidos depois de aceito o plano de recuperação da Americanas.
O maior saldo em aberto é com São Paulo, de R$ 965 milhões. Há também uma conta de R$ 623 milhões com a União e de R$ 225 milhões com o Rio de Janeiro. Os valores são referentes à chamada dívida ativa, isto é, quando saíram da esfera administrativa e passaram a ser questionada em esfera judicial. O montante não inclui impostos municipais e de outros Estados.
Antes do pagamento da dívida tributária, a Americanas precisa pagar os credores e fornecedores. Primeiro são pagas as despesas cujo pagamento antecipado seja indispensável à administração da falência. Em seguida, os créditos trabalhistas, de natureza salarial, vencidos até três meses antes à decretação da falência e limitados a cinco salários-mínimos por trabalhador.