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Americanas (AMER3): Sicupira assume negociação com credores, diz Bloomberg 

06 fev 2023, 17:00 - atualizado em 06 fev 2023, 17:00
Americanas
A Americanas e Sicupira não comentaram de imediato as negociações. Lemann e Telles não responderam às mensagens pedindo comentários (Imagem: Bloomberg)

Carlos Sicupira, um dos principais acionistas e membro do conselho da Americanas (AMER3), assumiu as negociações com os bancos credores para tentar chegar a uma solução negociada para a varejista brasileira, segundo pessoas a par do assunto.

Sicupira está conversando com cada banco separadamente, e os bancos consideram as negociações como positivas, um sinal de que os principais acionistas da varejista, que também incluem Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, estão dedicando mais atenção ao assunto, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificados porque as discussões não são públicas.

A Americanas e Sicupira não comentaram de imediato as negociações. Lemann e Telles não responderam às mensagens pedindo comentários.

Até agora, nenhuma proposta concreta para apaziguar os credores foi feita, disseram as pessoas. Os credores querem uma injeção de capital combinada de pelo menos R$ 15 bilhões, enquanto os investidores bilionários não ofereceram mais de R$ 6 bilhões, disseram as pessoas.

A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro depois de encontrar R$ 20 bilhões em “inconsistências contábeis” que aumentaram artificialmente os lucros e reduziram seus os passivos pela metade.

A empresa está envolvida em uma briga judicial com bancos, que acusam a empresa e seus principais acionistas de fraude. Em uma mensagem a jornalistas de 22 de janeiro, os três bilionários disseram que não sabiam sobre as questões contábeis.

Antes de Sicupira entrar em cena, Luiz Muniz, sócio do Rothschild no Brasil, estava conversando com credores. Antes de Muniz, o ex-presidente da Americanas, Sergio Rial, fazia isso informalmente. Os credores da Americanas incluem o Bradesco, o Itaú, o Safra, o BTG Pactual e a unidade brasileira do Santander, disse a Americanas em um documento.