Empresas

Americanas (AMER3): Rombo pode atingir R$ 46 bilhões após descoberta de novas fraudes; entenda

13 jun 2023, 17:40 - atualizado em 13 jun 2023, 17:41
Americanas
Conselho da Americanas diz que rombo contábil foi provocado pela diretoria anterior (Imagem: Bloomberg)

O rombo contábil da Americanas (AMER3) pode chegar a quase R$ 46 bilhões, de acordo a colunista dO’Globo Malu Gaspar. A estimativa surge após o conselho de administração revelar três novas fraudes no balanço da varejista nesta terça-feira (13).

As novas “maquiagens contábeis”, somadas à fraude principal — de operações de risco sacado no valor de R$ 18,4 bilhões — elevam o tamanho do rombo da companhia.

De acordo com a Americanas, as novas fraudes foram encontradas na omissão e falsificação de verba de propaganda cooperada (VPC) e financiamentos para capital de giro e juros. O rombo pode ser acrescido em:

  • R$ 21,7 bilhões de VPC;
  • R$ 2,2 bilhões em operações de financiamento de capital de giro; e
  • R$ 3,6 bilhões em juros sobre operações financeiras.

As investigações internas começaram em janeiro deste ano, quando foi revelado um rombo estimado de R$ 20 bilhões pelo CEO da época Sérgio Rial.

    • CONHEÇA A LIVE GIRO DO MERCADO: De segunda à sexta às 12h, estaremos AO VIVO no canal do Youtube do Money Times, trazendo as notícias mais quentes do dia e insights valiosos para seus investimentos. Esperamos você!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A guerra da Americanas

O conselho da Americanas também revelou que os documentos analisados pelo comitê de investigação indicam que as demonstrações financeiras da varejista vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior.

O relatório indica a participação na fraude do ex-CEO Miguel Gutierrez, dos ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e dos ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes.

Os acusados preparam um contra-ataque, de acordo com o colunista também dO’Globo, Lauro Jardim. Eles devem procurar a Justiça para tentar provar que o conselho de administração já sabia da fraude.

Jardim diz que os ex-diretores têm hoje uma estratégia de defesa que os une, embora a defesa não seja feita em conjunto.