Americanas (AMER3): Rombo pode atingir R$ 46 bilhões após descoberta de novas fraudes; entenda
O rombo contábil da Americanas (AMER3) pode chegar a quase R$ 46 bilhões, de acordo a colunista dO’Globo Malu Gaspar. A estimativa surge após o conselho de administração revelar três novas fraudes no balanço da varejista nesta terça-feira (13).
As novas “maquiagens contábeis”, somadas à fraude principal — de operações de risco sacado no valor de R$ 18,4 bilhões — elevam o tamanho do rombo da companhia.
De acordo com a Americanas, as novas fraudes foram encontradas na omissão e falsificação de verba de propaganda cooperada (VPC) e financiamentos para capital de giro e juros. O rombo pode ser acrescido em:
- R$ 21,7 bilhões de VPC;
- R$ 2,2 bilhões em operações de financiamento de capital de giro; e
- R$ 3,6 bilhões em juros sobre operações financeiras.
As investigações internas começaram em janeiro deste ano, quando foi revelado um rombo estimado de R$ 20 bilhões pelo CEO da época Sérgio Rial.
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A guerra da Americanas
O conselho da Americanas também revelou que os documentos analisados pelo comitê de investigação indicam que as demonstrações financeiras da varejista vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior.
O relatório indica a participação na fraude do ex-CEO Miguel Gutierrez, dos ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e dos ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes.
Os acusados preparam um contra-ataque, de acordo com o colunista também dO’Globo, Lauro Jardim. Eles devem procurar a Justiça para tentar provar que o conselho de administração já sabia da fraude.
Jardim diz que os ex-diretores têm hoje uma estratégia de defesa que os une, embora a defesa não seja feita em conjunto.