Americanas (AMER3): Queda de 4% após resultados é oportunidade de compra, dizem analistas
A Americanas (AMER3) reportou um prejuízo líquido amargo no segundo trimestre do ano, de R$ 98 milhões. Para a Genial Investimentos, a varejista foi mais uma vítima das despesas financeiras causadas pela elevação da Selic.
Por volta das 12h14 desta sexta-feira (12), o papel da varejista estava entre as maiores baixas do Ibovespa, com queda de 4,37%, negociado a R$ 12,72.
A Genial aponta que a Americanas apresentou o melhor resultado operacional do setor, com crescimento em receitas e em margens.
A retomada do varejo físico, o lucro operacional da Ame Digital e o ganho de eficiência com a combinação de negócios foram os pilares desse forte resultado.
“Americanas foi a única empresa do setor a reportar crescimento na receita líquida do trimestre, faturando R$ 6,7 bilhões (+7% ao ano), número em linha com as nossas estimativas. Em relação aos seus pares, entendemos que o cenário é mais favorável para Americanas, dada a sua posição mais generalista e a relevância de seu mix de produtos no cenário atual”, diz.
Apesar disso, destaca que prejuízo de R$ 98 milhões é reflexo de uma elevação na taxa básica de juros, que fez com que as despesas financeiras dobrassem ao ano.
“A nossa recomendação para as ações de AMER3 é de compra, com preço-alvo de R$ 31″, diz .
O BTG Pactual destaca que o resultado está em linha com o esperado pelo banco e que os resultados operacionais pintaram um quadro animador em termos de receita e margem. A recomendação para Americanas é de compra.
“Após a recente liquidação (afetando a maioria das ações de tecnologia globalmente), uma possível reclassificação para AMER3 (reconhecidamente com desconto em relação a seus pares) dependerá da consistência contínua nos próximos trimestres em um mercado de e-commerce brasileiro bastante competitivo, embora ajudado pelas margens saudáveis da empresa em sua operação de B&M”, diz o banco.
O BTG aponta ainda que segue cauteloso com o e-commerce brasileiro, considerando o debate global em torno da espiral inflacionária e do aumento das taxas de juros, com impacto custo do capital próprio.
Três preocupações principais pesaram recentemente sobre as ações do setor, sendo:
- desaceleração no comércio eletrônico local;
- concorrência de empresas nacionais e internacionais; e
- preocupações com níveis de margem sustentáveis para as empresas de comércio eletrônico, dada a perspectiva competitiva à frente.
Prejuízo da Americanas cresce no 2T22
A Americanas reportou prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre do ano, de acordo com o relatório divulgado pela companhia nesta quinta-feira (11).
Entre abril e junho do ano passado, a varejista acabou reportando perdas de R$ 85 milhões.
Com isso, a companhia acumula um prejuízo de R$ 235 milhões no primeiro semestre do ano, ante os R$ 309 milhões negativos em igual período de 2021.
A receita bruta da Americanas mostrou expansão anual de 5,1% no segundo trimestre, a R$ 7,96 bilhões.
O GMV (volume bruto de mercadorias) total atingiu R$ 13,94 bilhões, alta de 10,4% sobre o ano anterior. Do montante, R$ 3,5 bilhões se referem às operações físicas (+ 26,9%) e R$ 10,4 bilhões aos canais digitais (+5,7%).
A receita líquida da Americanas avançou 6,7%, totalizando R$ 6,69 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado mostrou crescimento de 29,2%, a R$ 843 milhões, com margem de 12,6% (alta de 2,2 pontos percentuais em relação a 2021).
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