Americanas (AMER3): Qual é o tamanho do prejuízo para fundos de investimento; entenda
Os fundos de investimento mais posicionados em Americanas (AMER3), quer com ações ou debêntures emitidas pela empresa, perderam R$ 4,2 bilhões em patrimônio no último dia 12 de janeiro. E mais de mil fundos podem estar na mira do rombo da varejista, de acordo com a Economatica.
O levantamento considera o risco de contágio com o escândalo da Americanas na indústria de fundos de investimentos em geral, como: fundos de ações, fundos de renda fixa e fundos imobiliários.
Os fundos queimaram patrimônio na Bolsa brasileira na mesma proporção em que estão expostos aos ativos da Americanas.
Embora inúmeros investidores mais conservadores tenham se assustado com a rentabilidade de seus fundos de reserva imediata (com destaque para o que aconteceu com o Nubank), a maioria dos fundos voltados ao investidor pessoa física têm baixa alocação em ações e debêntures da Americanas.
O Nu Reserva Imediata, cujo aporte mínimo é de R$ 1, tinha quase 1% do seu patrimônio aplicado em debêntures da varejista, segundo dados disponíveis ao mercado mais recentes. Cerca de 18% do fundo é distribuído em debêntures emitidas por diferentes empresas.
Ainda assim, foi o suficiente para que um produto de renda fixa voltado para a reserva de emergência apresentasse prejuízo momentâneo para os seus cotistas desde que vieram à tona as inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões na Americanas.
Fundos com posições na Americanas
O Money Times teve acesso a um levantamento mais recente elaborado pelo TradeMap que aponta quais gestores de investimentos estão mais amarrados com a Americanas, o que expõe os cotistas de tais fundos a mais volatilidade e grau de risco.
O estudo aponta que os fundos de investimento com eventual posição nos ativos da Americanas (ações, posição alugada ou debêntures) entre os meses de setembro e dezembro de 2022 perderam R$ 4,2 bilhões de patrimônio líquido.
Na tabela abaixo, foram listados os 20 gestores com maior recuo de patrimônio no dia 12 de janeiro de 2023:
Gestora de Recursos | N° de fundos | Queda de patrimônio (R$) |
---|---|---|
?BTG Pactual Gestão | 134 | 436,3 milhões |
?Itaú Asset | 46 | 349,7 milhões |
?BB Gestão | 59 | 336,3 milhões |
?Moat Capital | 12 | 182,9 milhões |
?Western Asset | 51 | 151,4 milhões |
?BW Gestão | 4 | 128,8 milhões |
?Bram DTVM | 73 | 116,2 milhões |
?Dynamo | 4 | 95,5 milhões |
?Santander Gestão | 27 | 82,1 milhões |
?JGP Gestão | 19 | 75,3 milhões |
?XP Vista Asset | 8 | 69,7 milhões |
?Caixa DTVM | 19 | 66,4 milhões |
?Bogari Gestão | 10 | 65 milhões |
?Asa Asset Gestão | 1 | 64,4 milhões |
?Icatu Vanguarda | 20 | 57,3 milhões |
?ARX Investimentos | 12 | 53,6 milhões |
?Itaú DTVM | 16 | 52,8 milhões |
?Funcef | 2 | 49,6 milhões |
?Nova Milano Investimentos | 5 | 45,8 milhões |
?Tempo Capital Gestão | 1 | 43,1 milhões |
TOTAL | 4,2 bilhões |
Foram consideradas na amostra somente fundos que tiveram rentabilidade negativa no dia 12 de janeiro de 2023, fundos com rentabilidade positiva foram desconsiderados. Os fundos podem ter descontinuado a posição nos ativos da varejista desde então.
O levantamento não é 100% assertivo tendo em vista que as carteiras podem ficar fechadas nos últimos três meses conforme determina a regulamentação da CVM.