Americanas (AMER3): Procon-SP notifica companhia e questiona se rombo irá impactar consumidores
O Procon-SP notificou a Americanas (AMER3) nesta sexta-feira (13), com questionamentos sobre os impactos dos problemas contábeis para os consumidores.
Conforme o comunicado do Procon, além de informar até que ponto ficam comprometidas as compras efetuadas pelos consumidores e detalhar quantas pessoas serão afetadas, a Americanas deverá esclarecer se as reclamações dos últimos 90 dias na plataforma do Procon-SP tem relação com os problemas noticiados e, em caso positivo, qual o plano de ação para solução.
No ano passado, o grupo teve quase 9,5 mil queixas registradas por consumidores que tiveram problemas com suas compras.
A Americanas tem até o próximo dia 17 para responder aos questionamentos. Procurada pelo Money Times, a companhia ainda não se pronunciou sobre o caso.
No site da empresa, há um comunicado ao cliente, em que a empresa se posiciona sobre a divulgação do fato relevante.
“Com 94 anos, a Americanas, através de seus negócios, das lojas à Ame e a Americanas.com, seguirá trabalhando duro para trazer a todos vocês, a melhor experiência no tempo e no preço que cada consumidor busca.
Acreditamos no nosso propósito e na nossa responsabilidade, através da tecnologia e da nossa gente, de dar acesso a todos os 210 milhões de brasileiros e brasileiras, a um mundo fascinante de produtos e serviços, que caibam no bolso. Por aqui, seguimos pensando e trabalhando por você.”, diz.
Entenda o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas
A Americanas (AMER3) ganhou as manchetes de todos os jornais do Brasil ao anunciar, na quarta-feira (11) inconsistências contábeis de até R$ 20 bilhões.
A cifra da inconsistência contábil da Americanas é maior que o valor de mercado da própria Americanas, que vale cerca de R$ 10 bilhões na bolsa.
Segundo o TradeMap, o volume do rombo é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que, em 11 de janeiro, valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que valia R$ 20,22 bilhões.
A companhia afirma que, entre as inconsistências, está a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras.
Além disso, Rial, que foi nomeado em agosto e era uma das apostas para recuperação da varejista, além de André Covre, diretor de relações com investidores, não devem permanecer no cargo.