Americanas (AMER3) pede mais tempo para apresentar lista total de credores; entenda
A Americanas (AMER3) pediu uma extensão de prazo para apresentar a lista completa de seus credores à Justiça. O pedido foi feito à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida do processo da recuperação judicial da varejista, e pede que seja estabelecido o dia 25 de janeiro como data limite.
Segundo os advogados da companhia, a intimação do deferimento do pedido de recuperação judicial foi expedida na sexta-feira, 20, e lida pela companhia no dia 21, sábado, às 18h31. Os defensores alegam no pedido que o prazo de 48h deve começar às 6h desta segunda-feira, 23, e se encerre na quarta-feira, 25.
Pedido de recuperação judicial aceito
A justiça aceitou o pedido de recuperação judicial feita pela Americanas (AMER3). Em decisão divulgada nesta quarta-feira (19), o juiz Paulo Assed, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deu início ao processo que suspende as dívidas e inicia um processo de renegociação.
A partir de agora, a Americanas conseguiu que por 180 dias a execução de qualquer dívida seja suspensa e, em 60 dias, deve apresentar uma proposta de recuperação. Essa proposta, antes de ser colocada em prática, deve ser aprovada pelos credores.
Segundo o documento protocolado pela empresa na justiça, a dívida da Americanas é de R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores. Nesta quinta-feira (19), a varejista divulgou uma nota afirmando que o processo de recuperação judicial era necessário devido à queima de caixa, que é de “apenas R$ 800 milhões”.
Especialistas acreditam que empresa seguirá depois de recuperação judicial
A varejista divulgou uma nota afirmando que o processo de recuperação judicial era necessário devido à queima de caixa, que é de “apenas R$ 800 milhões”. Os advogados afirmam que “os valores das inconsistências eram da ordem de R$ 20 bilhões” no fim de setembro passado, “o que poderá elevar o endividamento financeiro do grupo para o montante aproximado de R$ 40 bilhões”.
“Entre 2014 e 2020 foram 1.194 pedidos de recuperação judicial em São Paulo e em 51% as empresas se recuperaram”, aponta o advogado Filipe Denki, sócio da Lara Martins advogados e especialista em reestruturação empresarial.