Americanas (AMER3): Patrocínio para o BBB 23 segue consistente
Após comunicado divulgado ao mercado na noite desta quarta-feira (11), em que a Americanas (AMER3) anunciou inconsistências contábeis de aproximadamente R$ 20 bilhões, os holofotes estão voltados para a companhia.
A cifra supera o próprio valor de mercado da empresa, de cerca de R$ 10 bilhões. Apesar disso, até o momento, o patrocínio de R$ 105 milhões para a cota de maior exposição no Big Brother Brasil 23 segue de pé.
Segundo a Meio & Mensagem, a gigante do varejo investiu R$ 105,1 milhões para ser um dos três anunciantes fixos do programa.
Nas últimas edições do Big Brother Brasil, a varejista foi uma das cotistas que mais expôs a sua marca, sendo responsável também por abastecer a dispensa do reality show. Os participantes faziam as compras de mercado no aplicativo da Americanas.
A bolada pedida pela Globo na cota chamada de “Big” também é a mesma para a Seara e Stone, que dividirão o protagonismo publicitário com a AMER3.
Para este ano, ainda não foram divulgadas as ativações de marketing para o programa, que inicia já na próxima segunda (16).
Entenda o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas
A cifra da inconsistência contábil da Americanas é maior que o valor de mercado da própria Americanas, que vale cerca de R$ 10 bilhões na bolsa.
Segundo o TradeMap, o volume do rombo é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que, ontem 11 de janeiro valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que valia R$ 20,22 bilhões.
A companhia afirma que, entre as inconsistências, está a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras.
Além disso, Rial, que foi nomeado em agosto e era uma das apostas para recuperação da varejista, além de André Covre, diretor de relações com investidores, não devem permanecer no cargo.