Americanas (AMER3): O que fazer com as ações do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e BTG (BPAC11)?
A crise da Lojas Americanas (AMER3) caiu como uma bomba não apenas sobre o setor de varejo, mas também sobre os bancos. Afinal, varejistas são altamente dependentes de crédito para financiar as operações. Por isso, as ações de instituições como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e BTG Pactual (BPAC11) foram contaminadas pelo pânico. Mas, é mesmo hora de fugir dos papéis do setor?
Para Filipe Fradinho, analista técnico da Empiricus Investimentos, a resposta é um sonoro “não”. “No Brasil, bancos sempre são uma boa opção de investimento”, afirmou durante a live Perspectivas do Mercado do Money Times desta segunda-feira (16). “Ainda mais no nosso país, que tem um histórico de juros altos.”
De qualquer modo, o Itaú, que possui uma dívida total avaliada em R$ 3,4 bilhões junto à Americanas, viu suas ações acumularem queda de 1,9% entre quinta e sexta-feira (13). O Bradesco perdeu 2,7% no mesmo período e tem a receber um total estimado de R$ 4,8 bilhões da varejista. Já as units do BTG Pactual, cujo total a receber é de R$ 2 bilhões, caíram quase 7%.
Americanas (AMER3) e o impacto nas ações dos bancos
Para Fradinho, contudo, a fotografia dos últimos dois pregões não faz jus ao filme protagonizados por esses bancos na Bolsa. O analista lembra que os papéis do BTG subiram aproximadamente 500% nos últimos cinco anos, saindo de pouco menos de R$ 4 no início de 2017 para os mais de R$ 20 com que são negociados atualmente.
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Quanto ao Bradesco, Fradinho observa que as ações bateram nos suportes representados pelas médias curtas e já voltaram a subir. “Ao que tudo indica, devem buscar os R$ 16,70 a R$ 16,80 no curto prazo”, explica. Se a previsão for cumprida, representará uma alta de até 12% sobre os R$ 14,99 com que o papel fechou na sexta-feira (13).
Mas, para o analista da Empiricus Investimentos, o Itaú é o banco cujo gráfico “mostra o momento mais bonito”. De acordo com Fradinho, o papel “deixou o suporte na média de 21 pregões, e já veio fechar acima de todas as médias.”
Para resumir seu otimismo com as ações dos bancos envolvidos na crise da Americanas, Fradinho sublinha: “para o médio e longo prazo, eu penso, inclusive, em aportar mais recursos nessas ações”.
Assista à live Perspectivas do Mercado desta semana, com Filipe Fradinho, da Empiricus Investimentos.