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Americanas (AMER3): O alerta deste gestor sobre a ‘inconsistência’ de R$ 20 bilhões

12 jan 2023, 11:19 - atualizado em 12 jan 2023, 11:19
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Americanas informou a “inconsistência contábil”, mas disse que não é possível determinar todos os impactos. (Imagem: Divulgação)

O anúncio de que a Americanas (AMER3) descobriu uma inconsistência contábil de cerca de R$ 20 bilhões deixou o mercado perplexo. Parte dos agentes já aponta possíveis lições do caso, enquanto investidores penalizam os papéis com uma queda de mais de 70%.

O diretor da Fama Investimentos, Fabio Alperowitch, lembrou que a ação da varejista pertence ao Novo Mercado, segmento de mais alta governança corporativa da B3, “assim como eram CVC (CVCB3) e IRB (IRBR3)”.

Ambas as empresas sofreram uma derrocada na Bolsa após revelação de rombo contábil e nunca mais recuperaram totalmente a confiança dos investidores, a julgar pelo desempenho dos papéis desde então.

“Pertencer ao Novo Mercado não é nenhuma garantia de boa governança, conceito que está mais ligado a ética do que a normativas”, alertou em uma rede social o gestor da casa especializada em fundos ESG — sigla em inglês para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança.

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O que aconteceu com a Americanas

Ontem, a Americanas informou a “inconsistência contábil”, mas disse que não é possível determinar todos os impactos na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia.

Entre as inconsistências está a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras.

A ação da Americanas, formada em 2021 com a união das lojas físicas do grupo com a operação online que estava sob a antiga B2W, teve em 2022 queda de 68,7%, em linha com a desvalorização das ações de empresas de tecnologia, diante de desaceleração das vendas, inflação e juros altos.

No terceiro trimestre, a Americanas teve prejuízo de mais de R$ 200 milhões. Em 2023, até a véspera, os papéis acumulavam valorização de 24,35%.