Americanas (AMER3): Lemman, Sicupira e Telles perdem US$ 684 milhões após rombo fiscal
A queda de 75% das ações da Americanas (AMER3) só no leilão desta quinta-feira (12), horas após o anúncio da inconsistência contábil de R$ 20 bilhões, fez com que os bilionários com posição no varejista perdessem milhões de dólares de suas fortunas.
Antes mesmo dos papéis começarem a ser negociados no sistema aberto da B3, o acionista histórico de AMER3, Jorge Paulo Lemann, perdeu US$ 345 milhões de seu patrimônio líquido. A fortuna do economista passou a ser de US$ 16 bilhões, e ele ocupa a 105ª posição no ranking de bilionário da Forbes.
- ‘R$ 20 bilhões é só a ponta do iceberg’: veja por que as inconsistências contábeis descobertas na Americanas (AMER3) podem ser só o começo de uma derrocada ainda muito maior, segundo estrategista-chefe da Empiricus Research. LEIA A OPINIÃO DO ANALISTA AQUI
Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, que formam a 3G Capital junto a Lemann, também viram parte de seus capitais irem embora. Telles perdeu US$ 186 milhões, e agora tem US$ 10,8 bilhões, e Sicupira perdeu US$ 153 milhões, totalizando US$ 8,9 bilhões.
Juntos, os três bilionários perderam US$ 684 milhões. Mesmo após o rombo fiscal e o baque em seus patrimônios, eles não devem deixar a empresa.
Em comunicado, a Americanas deixou claro que seus acionistas de referência, “informaram ao conselho de administração que pretendem continuar suportando a companhia, tendo o Sergio Rial como seu assessor nesse processo, prestando apoio na condução dos trabalhos”.
O que aconteceu com a Americanas
Na noite de quarta-feira (11), a Americanas informou uma “inconsistência contábil” de R$ 20 bilhões. O varejista disse que não é possível determinar todos os impactos na demonstração de resultado e em seu balanço patrimonial.
A cifra do buraco fiscal da Americanas é maior que o valor de mercado da própria companhia, que vale cerca de R$ 10 bilhões na bolsa.
Segundo o TradeMap, o volume do rombo é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que, ontem 11 de janeiro valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que valia R$ 20,22 bilhões.