Americanas (AMER3) e Oi (OIBR3): Empresas em recuperação judicial irão falir? Entenda
O primeiro semestre se encerra com pelo menos duas empresas em apuros: a Americanas (AMER3), com dívidas que somam mais de R$ 50 bilhões, e a Oi (OIBR3), que não fica muito atrás, tendo acumulado saldo negativo de pelos menos R$ 44,3 bilhões. O que ambas as companhias têm em comum, além do alto nível de endividamento, é que elas entraram em um processo de recuperação judicial.
Em 11 de janeiro de 2023, a Americanas divulgou um comunicado oficial, informando “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos. A princípio, o valor chegaria a R$ 20 bilhões.
O rombo foi causado principalmente por dívidas com bancos, por operações de risco sacado, o que aumentava o grau de endividamento e diminuía o capital de giro da empresa. Dessa forma, as operações não foram lançadas de forma adequada, o que subestimou a dívida da empresa.
O efeito sobre as ações da Americanas foi imediato. Dos R$ 12, o papel da varejista chegou a cair para o patamar de centavos no estouro da polêmica.
Após o anúncio das inconsistências financeiras, as empresas e principais credores da Americanas moveram ação contra a companhia.
Em 19 de janeiro, a Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial, conseguindo prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores.
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De volta à recuperação judicial
Em março deste ano, a Oi entrou com seu pedido de recuperação judicial, em caráter de urgência.
Segundo a Oi, o ajuizamento do pedido de recuperação judicial é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo da companhia e de suas subsidiárias.
A companhia havia entrado anteriormente em recuperação judicial em 2016, totalizando R$ 65 bilhões em dívidas. A sentença de encerramento do processo saiu em dezembro de 2022, mas a tele segue com dívidas bilionárias.
Americanas e Oi vão falir?
Com dívidas bilionárias, muito se discute sobre a possível falência de Americanas e Oi. De acordo com o fundador da Gava Investimentos, Ricardo Brasil, não há expectativa de falência para as empresas no momento “porque elas conseguiram a recuperação judicial”.
“A Americanas, especificamente, segue negociando. Tudo indica que ambas seguirão operacionais”, aponta o analista financeiro.
Comparando ambas as empresas, o especialista indica que a Oi possui maior chances de chegar à falência. Porém, isso não aconteceria em um processo rápido. “Eu diria que não seria para este ano”, completa.