Americanas (AMER3): Documento mostra número de demissões em meio ao rombo bilionário
A Americanas (AMER3) teve uma redução de 2.741 postos de trabalho entre 12 de janeiro (um dia antes do anúncio do rombo de R$ 20 bilhões) e 13 de março, quando a empresa chegou a 40,4 mil funcionários CLT.
A maior parte dos desligamentos é de dispensas sem justa e pedidos de demissão, segundo a empresa.
O relatório – uma versão pública das atividades da empresa, apresentado no contexto da recuperação judicial à Justiça do Rio de Janeiro – mostra que desde o final de 2021 a Americanas vem reduzindo o quadro de funcionários diretos.
À época, era 51 mil CLTs e, ao final de junho do ano seguinte, o número chegou a 46,5 mil. Em 12 de março de 2023 o patamar era de 43,1 mil.
A varejista apresentou um plano de recuperação judicial nesta terça-feira (21), planejando a venda de uma série de ativos.
Em um primeiro momento, empresa apresentou perante Juízo o relatório mensal de atividades, com informações relevantes que não são públicas e documentos revestidos de sigilo jurídico, comercial ou profissional. Agora, a companhia tornou público o relatório sem as informações sensíveis.
Na quarta-feira (23), a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, disse que a Americanas (AMER3) deve apresentar o pior prejuízo de seus quase cem anos de história.
Citando pessoas que conhecem os números da varejista, O Globo afirma que o balanço do quarto trimestre será o fundo do poço da empresa, desde que foi fundada em 1929.
Se a informação for confirmada, será o retrato mais fiel da repentina derrocada da Americanas, após a descoberta de fraudes contábeis que a levaram à recuperação judicial no começo do ano.