Americanas (AMER3) dispara até 12% após novo compromisso de Lemann, Telles e Sicupira; entenda
As ações da Americanas (AMER3) subiam 12,07%, a R$ 1,30, por volta das 11h10 desta terça-feira (13). O movimento vem após os acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira aceitarem ficar três anos sem vender ativos da varejista, diz o analista da Empiricus Research, Fernando Ferrer.
O tempo exato de lock-up do trio ainda não foi definido, mas os bancos credores sugerem que seja pelo menos até 2027. O compromisso dos bilionários faz parte do plano de reestruturação da companhia, conforme noticiado pelo Valor Econômico.
Lemann, Telles e Sicupira injetariam R$ 10 bilhões imediatamente na Americanas, de acordo com o plano, e considerariam mais R$ 2 bilhões. O valor adicional seria investido em duas parcelas, em 2026 e 2027, dependendo do cumprimento de algumas métricas de alavancagem e liquidez.
O aumento de capital faria com que o trio de acionistas elevasse a atual participação na varejista, de cerca de 30% em conjunto.
Os bancos credores também estão dispostos a aderir a um pacote de R$ 10 bilhões, incluindo uma conversão de dívida em ações — o que os faria deter ações da Americanas. Os bancos também teriam um período de lock-up.
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Americanas abre o jogo
Também hoje, a Americanas esclareceu a origem de sua dívida bilionária e disse já ter afastado os responsáveis pela fraude.
Os documentos analisados pelo comitê de investigação da companhia indicam que as demonstrações financeiras vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior.
O relatório, com achados preliminares acerca do rombo contábil, demonstram ainda os esforços da diretoria para ocultar do conselho de administração e do mercado a real situação de resultado e patrimonial.
A notícia é positiva, de acordo com o analista da Empiricus, pois demonstra que a fraude é de autoria da antiga diretoria. Além disso, evidencia que o fato não era conhecido por todos — como conselho, atual diretoria e até controladores.