Americanas (AMER3) despenca mais de 70% após balanços e ações atingem menor preço da história
As ações da Americanas (AMER3) iniciaram o pregão com o tombo de 66,67%, a R$ 0,11, após o leilão de mais de hora na B3.
Instantes depois da abertura das negociações, os ativos voltaram ao leilão por oscilação máxima permitida. Na retomada, AMER3 registrou baixa de 72,73%, a R$ 0,09. Os papéis renovaram a menor cotação histórica — que já havia sido batida na abertura.
No fechamento, AMER3 registrou recuo de 57,58%, a R$ 0,14.
Os investidores reagem aos balanços atrasados da varejista referentes ao ano fechado de 2023 e os primeiros seis meses de 2024, que foram divulgados ontem (14) depois do fechamento dos mercados.
Trata-se da primeira divulgação de resultados consolidados da Americanas referente ao ano passado, sendo que em janeiro de 2023 foi anunciada uma fraude contábil que levou à recuperação judicial.
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A companhia apresentou prejuízo de R$ 2,272 bilhões no ano passado, 82,8% menor em relação a 2022 — considerando os números reapresentados após a descoberta da fraude de resultados da empresa.
Segundo a companhia, o resultado de 2023 foi negativamente marcado pelo impacto operacional da crise financeira e da redução de receitas, com custos adicionais da investigação e da recuperação judicial, parcialmente compensados por impactos tributários.
“A homologação do plano de recuperação judicial e a sua execução abre caminho à expectativa da companhia para gerar lucro tributável em 2024 o que possibilitou o reconhecimento de impostos diferidos no valor de R$ 4,8 bilhões no quarto trimestre de 2023”, disse a companhia em comunicado.
Já no primeiro semestre deste ano, o prejuízo foi de R$ 1,4 bilhões, 55,9% menor ante igual intervalo de 2023.
A Americanas afirmou que a baixa nos primeiros seis meses de 2024 foi uma “continuidade dos impactos positivos iniciais da nova estratégia de negócios e esforços de transformação da administração da companhia”.
Americanas: sem projeções futuras
Além dos balanços negativos, a Americanas informou que vai descontinuar a divulgação de seu guidance — que são as projeções financeiras da companhia.
Segundo o comunicado, a decisão busca permitir que a varejista reavalie a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação, na data de hoje, dos seus resultados do exercício social encerrando em 31 de dezembro 2023 e dos trimestres findos em 31 de março de 2024 e 30 de junho de 2024.
*Com informações de Estadão Conteúdo