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Americanas (AMER3) despenca 75% em leilão; VIIA3 e MGLU3 também sentem baque

12 jan 2023, 10:53 - atualizado em 12 jan 2023, 11:50
Lojas Americanas
Americanas despenca 75% em leilão (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

As ações da Americanas S.A. (AMER3) começaram a manhã desta quinta-feira (12) em leilão, horas após o anúncio da inconsistência contábil de cerca de R$ 20 bilhões feito na noite anterior.

Às 10h20, o leilão de AMER3 aponta desvalorização de 75% do papel, cotado a R$ 3. As ações do varejista seguirão em leilão até as 12h, segundo o TradeMap.

De acordo com um operador de mesa de renda variável, o papel da Americanas está “no limite da oscilação máxima permitido pela bolsa”. Ele afirma que novas ordens, provavelmente, não serão executadas no leilão, caso não entre ordens de compra.

A previsão inicial era de que o leilão seria encerrado às 11h. Porém, faltando cerca de dez minutos para o fim do prazo, houve uma prorrogação de mais uma hora.

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Varejistas sentem contágio

Na mesma linha, os papéis de Via Varejo (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) também entraram em leilão nesta quarta.

As ações da dona das Casas Bahia recuavam 10,39%, a R$ 2,33, e as da Magalu caíam 6,60%, a R$ 2,83. O setor de varejo recuava 2,67%.

  • ‘R$ 20 bilhões é só a ponta do iceberg’: veja porque as inconsistências contábeis descobertas na Americanas (AMER3) podem ser só o começo de uma derrocada ainda muito maior, segundo estrategista-chefe da Empiricus Research. LEIA A OPINIÃO DO ANALISTA AQUI

Sergio Rial, CEO da Americanas, afirmou em videoconferência com o mercado que, os acionistas de referência da Americanas tem compromisso em fazer parte da solução desde que a capitalização leve a resultados mais consistentes.

Entenda o rombo de R$ 20 bilhões

A cifra da inconsistência contábil da Americanas é maior que o valor de mercado da própria Americanas, que vale cerca de R$ 10 bilhões na bolsa.

Segundo o TradeMap, o volume do rombo é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que, ontem 11 de janeiro valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que valia R$ 20,22 bilhões.

A companhia afirma que, entre as inconsistências, está a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras.

Além disso, Rial, que foi nomeado em agosto e era uma das apostas para recuperação da varejista, além de André Covre, diretor de relações com investidores, não devem permanecer no cargo.