Americanas (AMER3), BRF (BRFS3) e outras: Agosto foi o mês das trocas de CEO, veja por quê
Mais uma mudança no comando. Acompanhando a Americanas (AMER3), Cielo (CIEL3) e AgroGalaxy (AGXY3), Marfrig e BRF também anunciaram a troca de CEO. A dança das cadeiras em grandes empresas está marcando, assim, o mês de agosto.
A troca no alto comando de grandes empresas tem sido presente neste mês do “cachorro louco”. Tudo começou no último dia 19, quando a Americanas anunciou a primeira troca no comando da companhia em 20 anos.
Sergio Rial, ex-CEO do Santander Brasil (SANB11), substitui Miguel Gutierrez a partir de 2023. Logo após a gigante do varejo, veio a Cielo.
No dia 23, Estanislau Bassols foi anunciado como o novo diretor-presidente, assumindo o lugar de Gustavo Sousa, que abdicou do cargo no começo do mês, após um ano e três meses de atuação.
Seguindo a linha de Americanas e Cielo, a AgroGalaxy também anunciou troca do seu CEO em agosto. Configurando a terceira empresa a fazer esse tipo de substituição.
A companhia informou ao mercado na noite de quinta-feira (25) que, por unanimidade, o conselho de administração elegeu Sheilla Maria Pereira Albuquerque como nova diretora-presidente.
Antes que agosto finalmente acabe, o conselho de administração da Marfrig elegeu nesta terça-feira (30) Rui Mendonça Junior como novo diretor-presidente.
Já a BRF anunciou, também nesta terça-feira (30), a eleição de Miguel de Souza Gularte para o cargo de presidente da companhia, após a renúncia, em 29 de agosto, de Lorival Nogueira Luz Jr.
Por que isso está acontecendo agora?
Um grande volume de trocas na gestão, especialmente quando a nova liderança vem de outra empresa, pode significar mudanças relevantes no direcionamento estratégico dos negócios. É o que explica o membro do conselho do IABBrasil e CEO do Talenses Group, holding de recrutamento e seleção, Luiz Valente.
Ele ressalta que tais mudanças precisam ser muito bem conduzidas, alinhadas ao plano de comunicação e ao novo plano do negócio, com uma rotina de gestão que promova a abertura e o entendimento dos demais colaboradores.
As características de uma companhia, geralmente, são ditadas pelo segmento em que atua, pelos objetivos de curto e/ou longo prazo de seus controladores, pelo momento macroeconômico e seus reflexos no próprio negócio, e pelos consequentes traços relacionados à cultura organizacional, gestão e ambiente de trabalho, relembra o executivo.
“Há uma ‘tempestade perfeita’ acontecendo em todas as economias do mundo, que tem provocado enorme volatilidade nos mercados“. Desafios decorrentes da pandemia da Covid-19 que ainda não foram superados, Guerra na Ucrânia, inflação e um mercado instável são alguns dos ingredientes para essa tempestade.
“Traduzindo estes fatos para a realidade das empresas, há uma enorme dificuldade em se traçar e manter estratégias de longo prazo. Em mercados voláteis, e humores em baixa, a mudança passa a ser ‘quase’ uma constante; e os ciclos ficam mais curtos”, sintetiza o CEO do Talenses Group.
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