Americanas (AMER3): B3 questiona ação abaixo de R$ 1; veja resposta da varejista
A Americanas (AMER3), em recuperação judicial, prestou esclarecimentos ao questionamento da B3 sobre o movimento recente das ações da companhia, atualmente negociadas abaixo de R$ 1.
A B3 verificou que, entre 24 de agosto e 9 de setembro de 2023, as ações da Americanas permaneceram cotadas abaixo de R$ 1 por unidade.
Por regra, a cotação dos valores mobiliários admitidos à negociação na B3 deve ser mantida em valor igual ou superior a R$ 1.
A B3 pediu em correspondência à varejista que ela divulgue os procedimentos e o cronograma que serão adotados para enquadrar a cotação das ações.
A Americanas deve tomar as medidas cabíveis para enquadrar o valor de seus papéis acima de R$ 1 até 30 de abril de 2024, segundo a dona da Bolsa de Valores brasileira.
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Americanas responde
A Americanas esclareceu que os procedimentos da auditoria de suas demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2022 e de suas demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2021 estão sendo concluídos, de modo que a companhia está se preparando para poder divulgá-las em breve.
A varejista de e-commerce comentou também que as negociações junto aos credores sobre a versão definitiva do plano de recuperação judicial se encontram em fase avançada.
A depender da conclusão desses dois eventos, esperados para ocorrer no curto prazo, é possível que as ações da empresa voltem a ser negociadas em patamar acima de R$ 1, disse.
Caso as ações não voltem a se enquadrar nas regras da B3, a Americanas afirmou que estuda propor ao conselho de administração o encaminhamento de uma proposta de grupamento de ações à assembleia geral de acionistas.
O grupamento de ações é uma das medidas indicadas para o enquadramento das cotações. Ontem, os conselheiros da Casas Bahia (BHIA3), outro player do e-commerce brasileiro, aprovaram proposta semelhante na proporção de 25 para 1.
Como outras varejistas, a Casas Bahia tem sido penalizada pelo ambiente macroeconômico mais desafiador, embora mudanças estruturais recentes na empresa também tenham sido responsáveis por colocar pressão sobre as ações.