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Americanas (AMER3) afeta resultado de bancos, que lucram R$ 139 bi em 2022; entenda

10 maio 2023, 10:55 - atualizado em 10 maio 2023, 10:55
Juro, Banco Central Real Digital
O lucro dos bancos subiu 1,6%. (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O lucro líquido dos bancos em 2022 foi de R$ 139 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira (10). Segundo a instituição, o efeito da Americanas  (AMER3) corresponde a uma “parcela relevante” do recuo da rentabilidade do sistema.

Além disso, as provisões com devedores duvidosos (PDD, ou as reservas que os bancos fazem para eventual inadimplência dos clientes) também se elevaram no último ano. O patamar de 2022 se aproximou ao do obtido durante o auge da pandemia da covid-19 no país.

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“O crescimento do crédito em linhas de maior risco, o aumento do comprometimento de renda das famílias e a redução da capacidade de pagamento de micro e pequenas empresas explicam o aumento ao longo do ano”, explica o Banco Central.

As expectativas da autoridade monetária para este ano não são positivas, pois a perspectiva é de “atividade econômica mais fraca, crescimento do crédito menor, inadimplência e inflação em níveis elevados”. “Assim, espera-se que a rentabilidade do sistema continue pressionada no médio prazo”, projeta o BC.

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Americanas

De acordo com o BC, o aumento das provisões também está ligado, em grande parte, às Americanas. A companhia enfrenta uma crise e tem uma dívida que já supera os R$ 40 bilhões.

“As provisões, contudo, absorveram a maior parte da materialização de risco e seguem adequadas, acima das estimativas de perdas esperadas”, garantiu o BC.

Em decorrência do caso Americanas, o BC informou ter efetuado um teste de estresse específico, para a possível quebra da empresa.

“O resultado desse teste [falência das Americanas] demonstra impacto irrelevante na solvência [capacidade de cumprir compromissos] do sistema bancário. Exercício adicional realizado pelo BC demonstra que os bancos apresentam condições para carregarem títulos classificados como mantidos até o vencimento sem a necessidade de se desfazerem antecipadamente desses ativos, mesmo em cenários de estresse”, explica o BC.