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Americanas (AMER3) adia publicação de demonstrações financeiras após resultado das investigações independentes

18 jul 2024, 8:13 - atualizado em 18 jul 2024, 8:13
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Americanas adia publicação de demonstrações financeira, após divulgar resultados das investigações (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Após divulgar o resultado de suas investigações independentes, a Americanas (AMER3) adiou a publicação de suas demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2023 e das informações trimestrais do primeiro trimestre de 2024, que estavam previstas para o dia 31 de julho de 2024.

Segundo o comunicado enviado ao mercado na noite de quarta-feira (17), a varejista enviou aos seus auditores independentes as evidências apresentadas pelo comitê independente, que investiga a fraude contábil de mais de R$ 20 bilhões e julgou necessário postergar a data dos balanços.

“A companhia esclarece que o adiamento visa a permitir que os seus auditores analisem o material apresentado, concluam os seus trabalhos e reavaliem a possibilidade de emitir opinião sobre as DFs e ITRs da Americanas”.

A divulgação dos resultados ficou para 14 de agosto, quando também serão divulgadas as informações trimestrais referentes ao segundo trimestre de 2024, esclarece a companhia.

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Comitê independente da Americanas divulgou conclusões

Ontem (17), um ano e meio após a revelação do maior escândalo da história do mercado de capitais brasileiro, o comitê independente criado pela Americanas apresentou suas conclusões. Mas sem maiores novidades em relação ao que já se sabe sobre o caso.

Em um documento de apenas uma página apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a varejista informa que o comitê confirmou a existência da fraude contábil.

Assim como a própria companhia já havia revelado, o esquema ocorreu a partir de lançamentos indevidos na conta Fornecedores, por meio de contratos fictícios de VPC (verbas de propaganda cooperada) e por operações financeiras conhecidas como “risco sacado”.

O comitê também indica que a diretoria anterior da Americanas praticou os atos ilícitos, sem o conhecimento de membros do conselho de administração.

De acordo com o documento, “os responsáveis por comandar ou orquestrar as fraudes identificadas não mais integram os quadros da companhia”.

*Com Vinicius Pinheiro