Americanas (AMER3) adia grupamento de ações e cai mais de 10% na B3
Depois de as ações avançarem mais de 50% na semana, a Americanas (AMER3) lidera as perdas da B3.
Por volta de 10h30 (horário de Brasília), os papéis da varejista recuavam 10,39%, a R$ 0,69.
O motivo por trás da queda não é uma realização eventual dos lucros recentes. Os investidores repercutem o adiamento do grupamento de ações da companhia — que inicialmente estava previsto para a próxima quarta-feira, 17 de julho. A nova data para a operação não foi informada.
Segundo a varejista, a homologação do aumento de capital deve ser concluída em 25 de julho.
Na última segunda-feira (8), a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a subscrição e integralização de novas ações ordinárias a serem emitidas pela companhia.
A instituição também aprovou a entrada dos bancos credores — Bradesco, Santander e BTG Pactual — no capital da varejista.
No ano, as ações da varejista acumulam queda de cerca de 33%.
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Americanas: grupamento de ações e aumento de capital
Em maio, a companhia aprovou o grupamento de ações ordinárias na proporção de 100 para 1. Ou seja, grupos de 100 papéis AMER3 vão se unir para formar uma nova ação — e o preço também será multiplicado pelo mesmo fator. Um dos motivos para a medida é reduzir a volatilidade dos papéis.
Além do grupamento de ações, a Americanas deve realizar um aumento de capital da companhia de até R$ 40,7 bilhões, com a emissão de 31,3 bilhões de novas ações ordinárias. Os acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira devem injetar pelo menos R$ 12 bilhões.
A operação está prevista no plano de recuperação judicial da companhia.