Ambipar pode se mostrar uma grande vencedora do crescimento da agenda verde no Brasil
A Ativa Investimentos iniciou a cobertura da Ambipar (AMBP3) com recomendação de compra e preço-alvo por ação de R$ 48,90. Na avaliação da corretora, a companhia tem muito a ganhar com o crescimento da relevância da pauta ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, ou Ambiental, Social e Governança Corporativa traduzido para o português) no Brasil.
“A companhia pode ser uma das grandes vencedoras do ganho de relevância da agenda verde no país”, afirmou o analista Ilan Arbetman, em relatório divulgado na quinta-feira e obtido pelo Money Times.
A Ativa levanta a possibilidade de crescimento da companhia tanto no segmento Environment como no Response.
A corretora destacou que, em Environment, o mercado de gerenciamento de lixo no Brasil é subpenetrado, o que cria uma janela de oportunidade para a Ambipar. Na avaliação da instituição, a empresa de gestão ambiental Disal, adquirida no fim de junho, pode facilitar o intercâmbio de conhecimentos que podem ser relevantes para o segmento no país. A Disal tem mais de 40 anos de atuação e realiza serviços de gestão total de resíduos industriais, provendo soluções de coleta e tratamento de sólidos, líquidos e perigosos.
Em Response, a Ativa enxerga como principais drivers o know-how da Ambipar no Brasil e a expansão de suas operações no mercado internacional.
“Com bases estrategicamente instaladas, a companhia observa ganhos oriundos de efeitos de rede, uma vez que a adição de clientes representa apenas a adição de custo marginal à sua operação”, comentou Arbetman.
Nos Estados Unidos, a Ambipar passou a atender uma dezena de estados. Suas aquisições mais recentes no exterior, Swat e EMS Environmental, ampliam a capilaridade de atendimento da companhia, que tem potencial de crescimento considerável na região. A Ativa destacou que o líder do mercado norte-americano detém somente 2% de participação do mercado de respostas à emergência.
A corretora acredita que a agenda agressiva de M&As (fusões e aquisições) pode pressionar as margens ao longo do próximo biênio. No entanto, os investimentos em novos ativos devem constituir a base para margens mais perenes no futuro.