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Ambipar (AMBP3): Bradesco inicia cobertura com preço-alvo de R$ 135; hora de comprar?

04 nov 2024, 13:17 - atualizado em 04 nov 2024, 18:29
Ambipar
Apesar disso, o Bradesco prefere esperar a materialização desse novo plano e então revisitar a tese de investimento. Por enquanto, diz, o risco/retorno parece equilibrado (Imagem: Divulgação)

Fenômeno em 2024, o Bradesco BBI voltou a cobrir os papéis da Ambipar (AMBP3), papel que disparou incríveis 700% no ano. A corretora vê a ação em R$ 135 até o final de 2025, o que implica potencial de alta de 6,29%. A recomendação é de neutralidade.

Nesta segunda-feira (4), AMBP3 terminou a sessão com queda de 0,91%, a R$ 125,62.



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Os analistas Victor Mizusaki e José Cataldo lembram que após mergulhar para R$ 8 em maio (em função da alta alavancagem e desempenho operacional mais fraco do que o esperado), as ações subiram 680% no acumulado do ano, impulsionadas principalmente por:

  1. movimento do acionista controlador para aumentar sua participação de 67% para 73% (após follow-on);
  2. recompra de 11,7 milhões de ações (7% do total de ações);
  3. um Trustee adquirindo 15% do total de ações em agosto; e
  4. um short squeeze liderado por esses fatores.

“Com base em nosso modelo, as ações parecem estar refletindo a implementação bem-sucedida do novo plano de recuperação anunciado em maio, que de fato é transformacional”, dizem.

A dupla diz que para liderar esse esforço, a Ambipar fez várias mudanças importantes na gestão, incluindo a nomeação de João Arruda, um ex-banqueiro de investimentos, como o novo CFO.

“Esperamos que essas mudanças operacionais em andamento expandam a margem Ebitda para 33,7% até 2027, acima dos 30,9% no segundo trimestre”.

Apesar disso, o Bradesco prefere esperar a materialização desse novo plano e então revisitar a tese de investimento. Por enquanto, diz, o risco/retorno parece equilibrado.

AMBP3 é negociada a 13,6x o múltiplo EV/Ebitda para 2025, ou 6% de desconto em relação aos pares globais.

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Ambipar: Alta tem fundamento, defende CFO

Em entrevista ao Money Times, João Arruda disse que o crescimento é fundamentado e que a empresa teve bons resultados no segundo trimestre.

Houve recorde no Ebitda, que mede o resultado operacional, na receita e margem Ebitda nas duas verticais:

  • Environment, que visa reintegrar os resíduos aos processos produtivos;
  • Response, que tem como foco a gestão de crises e o atendimento a emergências ambientais.

“Quando olho para o momento atual da companhia, vejo um novo capítulo, com muito foco interno e geração de valor. O que vimos no segundo trimestre e também no primeiro trimestre do ano é apenas o começo. O foco será muito interno para extrair mais resultados, com menos recursos”, diz.

A empresa também está em um processo de enxugamento das dívidas, após uma agressiva expansão inorgânica, com a compra de 76 empresas desde o IPO, em 2020.

Entre as medidas anunciadas até agora, está a renovação da frota vendendo usados e alugando novos e a entrega de ações da companhia para sócios executivos das empresas adquiridas como meio de pagamento antecipado.