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Ambev: na crise, consumidor troca refrigerante por água ou suco em pó; cerveja é mais estável

15 set 2017, 16:21 - atualizado em 05 nov 2017, 13:55

O vice-presidente Financeiro da Ambev, Ricardo Rittes, afirmou que a companhia continua “cautelosamente otimista” em relação ao mercado de bebidas. Ele destacou que no primeiro semestre o mercado encolheu, mas o ritmo de retração desacelerou em relação a 2016.

“Acreditamos no crescimento do Brasil e investimos”, diz Rittes. Ele evitou fazer projeções, mas considerou que a queda da inflação é positiva para o consumo. A Ambev já implementou, no entanto, aumento de preço previsto para este terceiro trimestre.

O executivo comentou ainda sobre o mercado de bebidas não-alcoolicas, segmento em que os refrigerantes são o principal produto. De acordo com ele, esse mercado tem sofrido mais em razão da deterioração do consumo no Brasil, porque o consumo de refrigerantes é mais volátil que o de cerveja. “Ainda é visto quase como um produto de luxo. Na crise, o consumidor troca esse bem por água ou suco em pó”, concluiu.

Consumo consciente

A Ambev anunciou que investiu entre 2015 e 2017 um valor de R$ 45 milhões em programas dedicados ao consumo consciente de bebidas. Em ação pelo chamado Dia de Responsa, de visitação a bares, a companhia destacou metas como a de investimento de cerca de 3% da verba de marketing global em temas de responsabilidade de consumo.

De acordo com Rittes, os investimentos nessa área têm crescido. Ele não quis dar projeções, porém, para os aportes nos próximos anos. A companhia visita mensalmente um milhão de pontos de venda. Durante um dia no ano, as visitas envolvem ações para colar cartazes e tratar com donos dos bares sobre temas como proibição de venda de bebidas a menores e campanhas contra combinação de bebida e direção.

Pedro Mariano, vice-presidente Jurídico e de Relações Corporativas, destacou ainda um programa iniciado em 2015 de apoio da Ambev a ações de segurança viária em municípios do Estado de São Paulo. De acordo com ele, esse programa levou a uma redução de 17% na mortalidade dos acidentes.

(Por Dayanne Sousa)

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