Ambev, M. Dias Branco, BRF, Minerva, Marfrig e JBS: o que esperar dos resultados?
O BTG Pactual avalia que a maior parte das empresas do setor alimentos e bebidas no Brasil irá apresentar um bom resultado no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, avaliam os analistas Thiago Duarte e Vito Ferreira em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira.
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Segundo eles, os balanços da Ambev, BRF, JBS, Minerva e Marfrig devem ter um resultado positivo em relação ao revelado um ano antes. O mesmo, contudo, não deve acontecer para a M.Dias Branco, cujo lucro pode ser ofuscado pelo bom desempenho de 2016.
Para a fabricante de bebidas, que publica o balanço no dia 26 antes da abertura dos mercados, a expectativa é por mais um trimestre difícil em termos de volumes no Brasil. “Este cenário reflete um ambiente de mercado ainda fraco e a decisão da empresa de elevar os preços da cerveja no início do terceiro trimestre deste ano”, explicam os analistas.
A fabricante dona da marca Adria irá publicar o seu balanço no próximo dia 30 antes da abertura dos mercados. O BTG espera bons resultados mas, assim como no segundo trimestre, o balanço não deve provocar um fator positivo para as ações, que já parecem bem precificadas.
A dona das marcas Sadia e Perdigão apresenta o seu balanço no dia 9 de novembro, após o fechamento dos mercados. Para o resultado, o BTG estima os primeiros sinais da recuperação operacional e o resultado dessas medidas sobre os números consolidados. “Com escassos motivos para acreditar que o ciclo não melhorará materialmente no segundo semestre de 2017, a BRF continua a ser a principal escolha no setor, com uma avaliação atrativa (abaixo da média histórica)”, reforçam os analistas.
O frigorífico irá trazer o resultado no dia 9 de novembro, após o fechamento dos mercados. O BTG avalia que o ciclo positivo para o gado, maiores spreads para o preço da carne, uso da capacidade mais alto e as novas plantas em operação no terceiro trimestre devem assegurar melhores margens e volumes para a Minerva, principalmente no Brasil. A recomendação de compra das ações foi reiterada.
O banco espera que o resultado, a ser publicado no dia 13 de novembro (após o mercado), seja forte com o crescimento do volume – a partir das novas plantas e maior atividade de abate no período, além do melhor spread para os preços da carne. “O destaque negativo provavelmente será uma maior exigência de capital de giro no trimestre devido à maior atividade de abate. A alavancagem não deve mudar muito em relação ao trimestre anterior, com a geração de EBITDA possivelmente compensando a maior dívida líquida”, apontam os analistas, que continuam com a recomendação neutra.
O BTG estima um forte trimestre, principalmente com o desempenho das operações americanas. O resultado a ser publicado no dia 13 de novembro (após o fechamento), não trará números positivos dentro do negócio de carnes no Brasil, principalmente como reflexo da menor atividade de abate na comparação com os concorrentes.
“No entanto, acreditamos que esses pontos negativos devem ser mais do que compensados por fortes resultados dos EUA novamente nas três proteínas, já que as operações dos EUA da JBS voltaram a se beneficiar de baixos custos de matérias-primas e forte demanda doméstica + internacional. Espera-se que a Seara continue apresentando melhorias sequenciais, de forma semelhante à BRF”, dizem os analistas. A recomendação continua neutra.