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Ambev (ABEV3) aposta em “bom ano” para indústria de cerveja no Brasil em 2022 apesar de crise

13 abr 2022, 16:12 - atualizado em 13 abr 2022, 16:14
Ambev
As principais commodities utilizadas pela Ambev são alumínio e cevada, disse Lira (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Ambev (ABEV3) espera que 2022 mostre crescimento sólido na demanda no mercado brasileiro de cerveja, impulsionada não apenas pelo fim de medidas de isolamento social, como também pela realização de eventos como a Copa do Mundo de futebol no final do ano.

“Do ponto de vista da demanda do consumidor, deve ser um bom ano. Temos a volta aos bares…Copa do Mundo acontecerá pela primeira vez no verão”, disse o presidente-executivo da Ambev, Jean Jereissati Neto, no segundo dia de apresentações da empresa para analistas e investidores.

O executivo, porém, não citou números.

Por sua vez, o vice-presidente financeiro da companhia, Lucas Lira, afirmou que o cenário está permeado por “desafios macro e volatilidade no decorrer deste ano”, porém, “após dois anos de pressão sobre a demanda, há essa necessidade dos consumidores em se reconectarem”.

Segundo Lira, a Ambev investiu nos últimos anos em ampliar a capilaridade de entrega de produtos no país, aplicando recursos em fábricas para ter mais flexibilidade de lidar com um espectro maior de marcas que vão dos segmentos popular ao premium.

“Desde 2019 aumentamos o nível de investimento no alcance de nossa oferta”, disse o executivo em resposta a questionamento sobre a capacidade das fábricas da Ambev em lidarem com maior oferta de produtos da companhia.

Segundo Jereissati Neto, o impacto da alta da inflação é sentido especialmente sobre o portfólio de marcas mais populares da empresa, enquanto as mais sofisticadas estão “muito resilientes nos últimos anos”.

As principais commodities utilizadas pela Ambev são alumínio e cevada, disse Lira, e para isso a empresa tem contratado instrumentos de hedge e focado em embalagens retornáveis para se proteger da elevação dos custos.

A Ambev prevê a divulgação de seus resultados de primeiro trimestre em 5 de maio.

Às 15h48 as ações da companhia exibiam queda de 1,86%, cotadas a 14,77 reais, enquanto o Ibovespa avançava 0,77%.

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