Ambev (ABEV3): Resultados devem melhorar humor dos investidores sobre ação, avalia BBI
A Ambev (ABEV3) apresentou resultados que provavelmente contribuirão para elevar ainda mais o sentimento dos investidores em relação às ações da companhia nos próximos meses, afirma o Bradesco BBI, em relatório publicado nesta quinta-feira (28) pela Ágora Investimentos.
O BBI tem uma leitura positiva do balanço, com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 4,6 bilhões ficando pouco acima das expectativas.
A cervejaria também conseguiu expandir sua receita líquida em 14,5% no comparativo anual, a aproximadamente R$ 18 bilhões. O resultado foi impulsionado pelas operações da Ambev no Brasil, com a receita subindo 23% devido a maiores volumes.
O lucro consolidado teve um aumento de 4,6% ano a ano, para R$ 3,06 bilhões, e veio acima do esperado.
As ações da Ambev têm dia de volatilidade nesta quinta. Por volta das 11h20, os papéis caíam 0,87%, cotados a R$ 14,85 cada.
Destaque do balanço
Para o BBI, o destaque positivo dos resultados da Ambev foi o aumento de 8,5% em base anual nos volumes de cerveja no Brasil.
“Esse resultado de volume provavelmente se deve ao fato de a empresa continuar a executar bem sua estratégia de crescimento (por exemplo, inovações) e aproveitar um ambiente competitivo favorável que provavelmente continuará (por exemplo, a Heineken pode enfrentar restrições de capacidade até meados de 2024, quando deve abrir uma nova planta e, portanto, está focado em aumentar os preços)”, comentam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França.
A XP Investimentos destaca que houve um aumento “consistente” e acima da inflação na receita líquida/hectolitro, de 13% ano a ano, impulsionado pela recuperação do consumo fora de casa junto com o crescimento das marcas premium em mais de 20%.
“Embora a margem bruta tenha caído 120 pontos-base (ainda 120 pontos-base acima de nossas estimativas) devido aos ventos contrários por conta dos preços das commodities, as despesas com vendas gerais e administrativas foram menores do que nossas projeções e a margem Ebitda ajustada aumentou 80 pontos-base, para 22,4%, traduzindo-se em um acentuado crescimento do Ebitda ajustado de 27% ano a ano”, afirmam Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, da equipe de análise setorial de agro, alimentos e bebidas da corretora.
A XP tem recomendação de compra para a Ambev, com preço-alvo de R$ 18,80 para o fim de 2022.
Pressão nos custos
A Genial Investimentos recebeu os resultados da Ambev com cautela. Embora entenda que os números sinalizam que o consumo está melhor, a corretora ainda vê um cenário desafiador para a companhia, com pressão vindo de inflação, juros e preços das commodities.
Segundo a corretora, a Ambev ainda terá dificuldades em melhorar sua rentabilidade.
“Mesmo com avanços nas principais linhas da companhia, vimos também um grande aumento no custo do produto vendido (CPV): alta de 18% ano a ano, chegando a R$ 9,3 bilhões”, destaca.
A Genial tem recomendação de “vender” para as ações, com preço-alvo de R$ 12.
O BBI prefere adotar a visão do “copo meio cheio”. Para Fontanesi e França, com os preços das commodities em tendência de queda, a pressão de custos deve diminuir gradualmente.
O BBI projeta margem Ebitda de 37% para a Ambev em 2024, superior ao consenso, que estima margem de 31%.
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