Ambev (ABEV3): Por que o Bradesco BBI vê melhora para a empresa
Embora os preços das principais commodities usadas na produção de cerveja tenham caído no último mês, a indústria da cerveja continua aumentando os preços, devido ao ambiente inflacionário, segundo o Bradesco BBI.
Em relatório divulgado nesta terça-feira (5), o banco anunciou que as “tendências recentes” sugerem que as margens da Ambev (ABEV3) melhorem.
O banco destaca que leva cerca de 12 meses para que as mudanças nos preços de commodities se reflitam nos resultados da companhia.
O BBI estima que os dados da inflação da cerveja, com alta anual de 9%, a partir de junho, sejam superiores ao aumento estimado do custo, de 8%, com base nos preços spot de commodities e outros componentes.
O banco segue otimista para os papéis da Ambev, reiterando a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 21, implicando um potencial de alta de 53%, com base no último fechamento.
A instituição vê a companhia negociando a um múltiplo P/L projetado de 15x, abaixo da média histórica de 23x.
Ambiente competitivo é favorável para Ambev
Leandro Fontanesi e Ricardo França, que assinam o relatório do BBI, dizem acreditar que o ambiente competitivo “relativamente favorável” permitirá à Ambev recuperar margens.
O movimento aconteceria à medida que os preços das commodities caem e o consumo retorna aos bares, onde as margens são maiores.
Em relação a concorrência, Fontanesi e França veem a Heineken enfrentando restrições de capacidade até 2024, “quando deverá abrir uma nova fábrica, entendemos que Petrópolis está buscando uma reviravolta em sua operação, o que pode levar a uma redução em sua capacidade de distribuição”, estimam.
Além da Ambev, o BBI também vê outros nomes se beneficiando do cenário de queda nos preços das commodities, como BRF (BRFS3) e M. Dias Branco (MDIA3).
O banco tem recomendação de compra para ambos os papéis, ao preço-alvo de R$ 27 e R$ 40, respectivamente.
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