Ambev (ABEV3) pode avançar sobre mercado da Heineken, diz BofA
O Bank of America (BofA) divulgou relatório com a prévia de resultados da Ambev (ABEV3)para o segundo trimestre de 2022. Segundo o banco, as tendências são semelhantes ao primeiro trimestre, com crescimento da receita, mas contração da margem.
A recomendação do BofA é neutra, com preço-alvo em R$ 18.
Segundo o relatório, o banco espera que a Ambev reporte um Ebtida de R$ 4 bilhões no segundo trimestre, estável em relação ao ano anterior, com 10% de crescimento orgânico.
Além disso, a expectativa é que o faturamento reportado cresça 8,5% ao ano, impulsionado pelo Brasil e Sul da América Latina, compensando os desempenhos mais fracos do CAC (América Central e Caribe) e do Canadá, enquanto a margem Ebtida deve cair 200bps ao ano para 23,9%.
“Esperamos que os volumes de cerveja BZ cresçam 2,6% ao ano. A Ambev pode ganhar participação de mercado, já que a Heineken liderou o aumento de preços no segundo trimestre”, diz o relatório.
Por fim, o BofA estima lucro líquido de R$ 1,8 bilhão, alta de 3,8% ao ano.
Cenário internacional é difícil para Ambev
O BofA destaca que o cenário no Canadá, América Central e Caribe são difíceis, mas parcialmente compensados pela América do Sul.
Isso porque as interrupções no fornecimento continuam afetando o desempenho da receita e da margem na CAC, enquanto os resultados do Canadá também devem ser impactados negativamente pelo fraco desempenho, além da SG&A (vendas, despesas gerais e administrativas) mais alto.
Dessa forma, o BofA prevê resultados mistos na divisão internacional, com Ebtida estimado em R$ 2,4 bilhões, contra R$ 2,52 bilhões reportados no primeiro trimestre de 2022.
“Embora a ação tenha se desvalorizado de 20 vezes o preço sobre lucro (P/L) em para 18x atuais, contra 20x históricos, mantemos nosso neutro em uma perspectiva macro difícil no Brasil, real mais fraco e custos ainda altos”, diz o banco.
Cerveja no Brasil
Sobre os volumes de cerveja no Brasil, o BofA espera um crescimento semelhante ao registrado no primeiro trimestre em 2,6% ao ano.
Apesar das piores condições climáticas e base de comparação mais dura, os volumes on-trade continuaram a se recuperar, o BofA destaca que as verificações de canal apontaram aumentos de preços anteriores pela Heineken, o que pode indicar algum ganho de participação de mercado ao ano, mas uma desaceleração trimestre a trimestre.
“Estimamos que a receita/hectolitro cresça 9% ao ano(ex-BEES), uma aceleração marginal trimestre a trimestre (+8,5% no 1T), mas ainda insuficiente para sustentar a margem bruta ao ano”, diz.
Com isso, o BofA estima queda de margem bruta de 260bps ao ano para a cerveja no Brasil, com a margem Ebtida caindo 100bps ao ano para 20,6%, visto que as despesas de vendas aceleram, mas devem ser parcialmente compensadas por despesas gerais e administrativas menores.
Disclaimer
O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.
Money Times é Top 10 em Investimentos!
É com grande prazer que compartilhamos com você, nosso leitor, que o Money Times foi certificado como uma das 10 maiores iniciativas brasileiras no Universo Digital em Investimentos. Por votação aberta e de um grupo de especialistas, o Prêmio iBest definirá os três melhores na categoria de 2022. Se você conta com o nosso conteúdo para cuidar dos seus investimentos e se manter sempre bem-informado, VOTE AQUI!