Ambev (ABEV3): Para o Itaú BBA, é hora de aumentar retorno aos investidores; veja avaliação
O Itaú BBA atualizou o preço-alvo para Ambev (ABEV3) ao final de 2025 para R$ 15, ante R$ 14 em 2024, mantendo classificação market perform, equivalente à neutra.
As ações da companhia encerraram o pregão desta quarta-feira (4) em alta de 1,48%, a R$ 12,99.
Em relação à estratégia, a casa vê a Ambev cada vez mais no radar dos investidores, principalmente na discussão sobre a destinação de seu capital ideal. A questão é se a gigante de bebidas deve priorizar o aumento de dividendos, executar recompras de ações ou buscar potenciais oportunidades de fusões e aquisições.
Os analistas se posicionam a favor da empresa pagar mais dividendos e/ou fazer recompra de ações ao invés de realizar alguma aquisição.
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“Estamos aproveitando esta oportunidade para compartilhar nossas ideias sobre esta discussão e ajustar nossas estimativas para incorporar os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), sem precificar nenhuma otimização de estrutura de capital neste momento”.
Os analistas argumentam que o forte balanço patrimonial da empresa, com nível de endividamento baixo, fornece várias opções para aumentar os retornos aos acionistas, especialmente com o recente aumento da carga tributária após a reforma tributária.
Neste sentido, apontam que o aumento dos dividendos ou um programa de recompra aumentaria diretamente os retornos aos acionistas, além de proporcionar melhoria na eficiência do capital sem os riscos associados às aquisições.
Embora uma transação de fusão e aquisição possa ter potencial sinérgico, o Itaú BBA aponta que essa alternativa carrega incertezas quanto ao seu impacto no valor para os acionistas.
Perspectivas para a Ambev
Para os analistas do Itaú BBA, a estratégia da Ambev de manter um portfólio diversificado de marcas é uma abordagem sólida de longo prazo, tendo em vista que posiciona a empresa para capturar ao longo do tempo os interesses e preferências do consumidor.
Apesar de o curto prazo seguir desafiador, veem essa abordagem de portfólio rendendo um posicionamento competitivo no longo prazo quando comparado com seus pares, além de permitir que a empresa lide melhor com a volatilidade do mercado e pelas tendências de mudança do consumidor.
Os analistas veem a ação da companhia negociada atualmente com um desconto em relação às médias históricas. No entanto, afiram que não é suficiente para justificar uma postura de investimento mais agressiva.
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Como resultado, preveem que a taxa interna de retorno (TIR) de dois anos da Ambev esteja em torno de 16%, ligeiramente acima das premissas de custo de capital estabelecidas pelo banco.
“Se a Ambev administrar efetivamente sua estratégia de alocação de capital priorizando os retornos aos acionistas por meio de dividendos e recompras, pode haver potencial para uma reclassificação de avaliação. Por enquanto, continuamos cautelosos e preferimos ver mais desenvolvimentos nessa frente antes de fazer qualquer alteração em nossa recomendação”.