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Ambev (ABEV3) ou Heineken: Quem mais se beneficia com a cerveja mais cara?

13 jul 2022, 16:43 - atualizado em 13 jul 2022, 16:43
Ambev
Com aumento de preço da cerveja previsto para agosto, a Ambev pode se beneficiar (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A partir de agosto, a cerveja pode ficar mais cara em bares e restaurantes, devido à estimativa de aumento dos preços pelos fornecedores, o que impaca grandes cervejeiras, como a Ambev (ABEV3) e a Heineken.

Para a Ágora Investimentos, quem mais se beneficia deste cenário é a Ambev. A corretora recomenda compra do papel, com preço-alvo de R$ 21.

Segundo relatório, um ambiente competitivo favorável, com a Heineken enfrentando restrições de capacidade e Petrópolis trabalhando para recuperar sua operação, tem sustentado aumentos de preços de cerveja para a indústria.

Ao mesmo tempo, a queda dos preços das commodities sugere que as pressões de custo estão diminuindo, o que indica que as perspectivas para as margens da Ambev estão melhorando.

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Bom momento para a Ambev

Nesta quarta-feira (13), o papel da Ambev saltou 6%, por volta das 14h30, sendo um destaque positivo do Ibovespa (IBOV), após o JPMorgan elevar a recomendação de “neutra” para “overweight”.

Segundo analistas, a demanda por cerveja no Brasil no segundo semestre deve ser sustentada por uma série de fatores, como aumento das transferências de renda para a população, Copa do Mundo e melhora do clima.

Para o JPMorgan, a competição no setor está se tornando uma preocupação secundária para a tese de investimento da companhia.

Expectativa de bons resultados no 2T22

Bank of America (BofA) espera ver tendências semelhantes às do primeiro trimestre, com crescimento da receita, mas contração de margem.

A expectativa do banco é de que o faturamento da cervejaria aumente 8,5% na comparação anual, impulsionado pelas operações no Brasil e na América do Sul, que devem compensar a performance mais fraca da América Central e Caribe e do Canadá.

No mercado brasileiro, a Ambev pode ganhar participação de mercado, já que a Heineken liderou o aumento de preços no segundo trimestre, destaca o BofA.

O banco projeta lucro líquido de R$ 1,8 bilhão e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 4 bilhões, estável em relação ao ano anterior, com 10% de crescimento orgânico. A recomendação é “neutra” para a Ambev, com preço-alvo de R$ 18.

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