Ambev (ABEV3) está entusiasmada com desempenho; vem dividendos no final do ano?

A Ambev (ABEV3) divulgou os seus resultados operacionais e financeiros do segundo trimestre de 2024 (2T24) mercado nesta quinta-feira (01). Apesar de uma queda no lucro líquido no comparativo anual, os analistas enxergam os números apresentados como positivos.

Desde a abertura do mercado, a ação sobe e chegou a atingir o valor de R$ 11,99. No restante do dia, a alta se mantinha próximo a 1%.

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O resultado menor na receita em relação ao mesmo trimestre do ano passado foi motivada principalmente pelo aumento das despesas com imposto de renda no Brasil. O desempenho ruim apresentado pelas operações internacionais, em especial no Canadá e na Argentina, também fazem parte do ponto negativo do balanço da companhia.

Durante a teleconferência com analistas, nesta quinta-feira (01), o presidente executivo da Ambev, Jean Jereissati Neto, disse que estão “bastante entusiasmados” com o desempenho da companhia, em especial com o do Brasil. “O primeiro trimestre foi bom, o segundo melhor ainda. Tivemos volumes recordes nesse segundo tri”, disse o executivo.

Jereissati reforçou durante a conferência que a estratégia para os próximos meses continua a mesma e que sabe que o setor de cervejas no Brasil está cada vez mais concorrido, mas ele destaca a solidez de estrutural.

Um ponto de destaque comentado pelo executivo foi o segmento Brasil NAB — ou seja, os não alcoólicos, que incluem o Guaraná e a Pepsi, por exemplo –, que teve forte crescimento de receita e expansão de margem
Ebitda Ajustada.

Outro ponto evidenciado foi o aumento no consumo dos produtos que não possuem açúcar e glúten na composição, além das marcas premium como Corona e Spaten.

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Quando questionado sobre dividendos, o presidente executivo pontuou que decisões sobre distribuição de rendimentos, recompra de ações ou afins são apenas decidas ao final do ano quando conseguirem ter uma visão mais ampla dos seus números.

O balanço da Ambev no 2t24

A Ambev reportou um lucro líquido ajustado de R$ 2,45 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), sendo assim uma queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida, por outro lado, foi de R$ 20,04 bilhões, alta de 4,8% ante os R$ 18,8 bilhões do segundo trimestre do ano passado.

Enquanto isso, o volume total foi ligeiramente positivo no ano a ano, com variação positiva de 0,4%, com desempenhos positivos no Brasil, América Central e Caribe (“CAC”), enquanto os volumes na América Latina Sul (“LAS”) e Canadá continuaram a ser impactado por indústrias difíceis.

Para o Itaú BBA, os resultados foram ligeiramente positivos, uma vez que as expectativas dos compradores estavam de certa forma alinhadas com os números divulgados, mas com o segmento de cerveja no Brasil revelando tendências melhores do que as temidas, especialmente nos preços.

E apesar de enxergar a ação barata, negociada a 12,5x o preço sobre o lucro em 2024e, “o que parece descontado em relação à média histórica”, o Itaú nota que as perspectivas para a indústria brasileira de cerveja também não são claras agora.

“Observamos que os investidores ainda buscam bons lugares para se esconder, o que pode não ser o caso da Ambev devido às incertezas relacionadas a um cenário competitivo geral e a inflação potencial”, dizem.

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Por fim, o fluxo de caixa das atividades operacionais chegou a R$ 3,35 bilhões, queda de 1,7% em comparação aos R$ 3,41 bilhões do 2T23, uma vez que maior EBITDA e menores despesas financeiras líquidas foram compensados principalmente pelo capital de giro no Brasil e na Argentina, bem como por tributos no Brasil.