Ambev (ABEV3) está barata ou cara? Analistas abrem o jogo antes dos resultados do 2T23

As ações da Ambev (ABEV3) já negociam de lado, sem fortes ganhos ou perdas, há pelo menos dois anos. Conforme o TradeMap, a companhia recua quase 5% no período e analistas enxergam um belo desconto no papel antes da temporada de resultados.

Entre os otimistas com a tese de investimento, o Bradesco BBI reitera compra com preço-alvo de R$ 21 nos próximos 12 meses. Portanto, a Ambev tem potencial para se valorizar mais de 40%, ante a cotação atual em julho ao redor de R$ 14,70.

“A Ambev negocia com desempenho 4% inferior ao do Ibovespa no ano, tendo já precificado os ruídos sobre o fim do pagamento de juros sobre o capital próprio. Embora os números do trimestre mostrem queda de indicadores, a perspectiva para os próximos anos é positiva”, afirma o banco.

Dessa maneira, o analista Leandro Fontanesi, responsável pela recomendação, argumenta que as margens da cervejaria devem crescer no futuro com a queda das commodities, como: alumínio, milho e trigo.

Portanto, ele calcula que a ação da Ambev negocia com Preço sobre Lucro (P/L) de 13 vezes para 2024, abaixo da média histórica de P/L a 21 vezes.

A maior cervejaria do Brasil apresenta seus números do segundo trimestre (2T23) no próximo dia 3 de agosto, antes da abertura do mercado.

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Gringos de olho na Ambev no 2T23

Os investidores gringos também estão de olho na Ambev nesta safra de resultados. No caso, o Bank of America espera números similares ao entregue no primeiro trimestre.

Sendo assim, o banco espera um Ebitda consolidado (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) de R$ 5,2 bilhões, alta de 13% na base anual, e com margem de 27,5%, avanço de 180 pontos base. Já o lucro somará R$ 2,6 bilhões, acima do consenso de mercado que espera R$ 2,47 bilhões.

Entretanto, tais indicadores não alteram a recomendação neutra para Ambev, com preço-alvo de R$ 16,40.

“No Brasil, os volumes de cervejas da Ambev devem ter queda de 2,4% no trimestre diante da base de comparação elevada com 2022. No exterior, os números da empresa tendem a ser mistos, puxados por volumes e margens ruis no Canadá”, diz Isabela Simonato, analista responsável pela recomendação.