Ambev (ABEV3) e Heineken: 2º trimestre foi melhor? Há motivos para acreditar que sim, segundo BofA

O segundo trimestre mostrou sinais encorajadores para a indústria de cervejas, indicando que os últimos três meses podem ter sido melhores para as empresas do setor do que no início do ano, diz o Bank of America (BofA).

O banco avalia que, embora os preços das cervejas tenham continuado em trajetória ascendente, com a Heineken liderando o aumento no canal off-premise (supermercados), os fundamentos se mostraram marginalmente mais saudáveis, com as cervejarias e o canal de foodservice apresentando contratações líquidas positivas até maio e a produção industrial retomando no trimestre.

“Vimos cervejarias tendo dois meses de adições líquidas de trabalhadores formais, com 70 adições no trimestre a partir de maio em Frutal, onde a Cervejaria Cidade Imperial tem uma unidade. Nos últimos 12 meses, Igrejinha, a cidade que abriga diversos produtores artesanais e a Heineken, vem liderando a atração de trabalhadores para a indústria cervejeira”, afirma.

“Ao mesmo tempo, vemos a produção industrial de bebidas alcoólicas e soft drinks voltando para o território positivo”, acrescenta o BofA.

Por outro lado, a ocorrência de chuvas acima da média no período em estados importantes, como Rio de Janeiro e Ceará, limitou a experiência fora de casa.

Reviravolta no índice de preços

O BofA observou um recuo, em termos reais, de 7% no índice de preços da cerveja desde o início do ano, arrastado pela queda nos preços do alumínio e uma apreciação da moeda real.

Por outro lado, destaca o BofA, tensões geopolíticas, o impacto ainda desconhecido da subaplicação de fertilizantes e o efeito da redução de capacidade sobre os preços do alumínio podem desempenhar um papel importante na formação dos preços para o próximo ano.

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