Ambev (ABEV3) abre espaço para queda nesta quinta (3); banco gringo recomenda venda
Os investidores não reagiram bem aos resultados da Ambev (ABEV3) no segundo trimestre do ano (2T23). Afinal, a queda de 2% do volume total da cervejaria fez mais preço que o lucro da companhia superando o consenso de mercado.
Assim, um banco estrangeiro até recomenda a venda das ações. O Goldman Sachs reitera a venda da Ambev, com preço-alvo de R$ 13,10 nos próximos 12 meses — abaixo da cotação atual ao redor de R$ 14,70.
“Mesmo que a queda de volumes da Ambev tenha saído dentro do esperado, até superando o desempenho da Heineken, são os preços mais baixos a surpresa negativa no trimestre. Portanto, há pouco espaço para revisões positivas para a empresa”, afirma o analista Thiago Bortoluci.
A maior cervejaria do Brasil encerrou o segundo trimestre com lucro ajustado de R$ 2,68 bilhões, acima do consenso de mercado que projetava R$ 2,51 bilhões.
No entanto, o ebitda ajustado (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) não conseguiu bater as apostas de analistas. Na visão do banco gringo, as divisões internacionais da Ambev continuam atrapalhando o desempenho da empresa.
Dessa maneira, a divisão brasileira não é capaz de sustentar sozinha uma tese de investimento mais otimista para a Ambev, apesar do destaque positivo do segmento de cervejas premium. No agregado, os preços dos produtos caíram 4,2% no trimestre.
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Valorização da Ambev
Enquanto o investidor estrangeiro está mais cauteloso com as ações da Ambev, o Bradesco BBI enxerga potencial de valorização de 40% na cervejaria, reiterando a compra com preço-alvo de R$ 21.
Então, o que sustenta o otimismo do banco brasileiro na companhia? A resposta está na queda de preços das commodities para além do esperado.
“No acumulado do ano, o desempenho da Ambev está 6,5% abaixo do Ibovespa, embora a companhia tenha espaço para recuperar lucratividade, considerando a baixa dos custos de produção”, explica o analista Leandro Fontanesi.
Conforme o analista, as ações da Ambev negociam com Preço sobre Lucro (P/L) de 13 vezes para 2024, um desconto de quase 40% ante a sua média histórica de preço.