Política

Amazônia: Milhares de soldados estão disponíveis para combater incêndios florestais

24 ago 2019, 16:56 - atualizado em 25 ago 2019, 20:00
Amazonia
Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas ressalta compromisso do governo com meio ambiente (Reuters/Bruno Kelly)

O Brasil tem 44 mil soldados posicionados na região norte disponíveis para combater incêndios florestais na Amazônia e pode enviar mais militares de outros lugares do país, disse neste sábado o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).

Em uma coletiva de imprensa com os repórteres, o tenente-brigadeiro Raul Botelho e as principais autoridades do governo não disseram quantas tropas estariam envolvidas e deram poucos detalhes operacionais de como elas seriam usadas e onde.

O presidente Jair Bolsonaro autorizou o apoio militar para combater um número recorde de incêndios atualmente devastando a Amazônia em resposta a um clamor internacional exigindo mais proteção para a maior floresta tropical do mundo. Mas, de acordo com a lei brasileira, os Estados devem solicitar individualmente apoio para que as tropas sejam enviadas.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que quatro dos nove Estados brasileiros na região amazônica solicitaram apoio: Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Após a coletiva, também o Acre pediu. O Mato Grosso também está preparando o pedido.

No sábado, menos de 50 funcionários serão enviados de Brasília para Porto Velho, no Estado de Rondônia, para apoiar as operações no país, incluindo 30 bombeiros e 18 especialistas em comunicação, disse Botelho em uma apresentação.

O ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo, também disse que os Estados Unidos não estão dando ao Brasil apoio concreto para combater incêndios florestais, apesar da ampla oferta de assistência do presidente norte-americano, Donald Trump.

Não houve mais contatos entre os países em relação aos incêndios além da oferta de assistência de Trump feita em um telefonema ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, disse Azevedo a repórteres na coletiva de imprensa.