Saúde

Amazonas pede ajuda a Estados para transferir 61 recém-nascidos por falta de oxigênio

15 jan 2021, 15:43 - atualizado em 15 jan 2021, 15:43
Amazonas, Coronavírus
A secretaria informa que os recém-nascidos serão transferidos a partir da autorização dos pais e serão acompanhados pelas mães (Imagem: REUTERS/Bruno Kelly)

O governo do Amazonas pediu aos demais Estados nesta sexta-feira que recebam 61 bebês recém-nascidos internados em maternidades públicas do Estado por causa do desabastecimento de oxigênio nos hospitais do Amazonas, disse nesta sexta-feira o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula.

A Secretaria de Saúde do Amazonas confirmou o pedido, sem entrar em detalhes como por exemplo o número de crianças a serem transferidas, e disse que ele faz parte da solicitação feita na véspera para que demais Estados recebam pacientes do Amazonas, que ficou sem abastecimento de oxigênio em meio à alta de casos de Covid-19 no Estado.

“A secretaria informa que os recém-nascidos serão transferidos a partir da autorização dos pais e serão acompanhados pelas mães”, disse a secretaria amazonense em nota.

“Técnicos da secretaria estão trabalhando no planejamento da logística de transferência e o quantitativo está sendo avaliado de acordo com as condições clínicas dos recém-nascidos.”

Após a divulgação da notícia de que o Amazonas estava pedindo ajuda para a transferência dos bebês, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), colocou o Estado à disposição para receber os recém-nascidos.

“Nós acolheremos todos os bebês que puderem ser transportados aqui para São Paulo”, disse Doria, que atribuiu a situação a “uma irresponsabilidade do governo Jair Bolsonaro”.

Pouco depois, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que conversou com seu homólogo amazonense, Marcellus Campêlo, e que a secretaria amazonense estava fazendo um levantamento sobre as necessidades de transferência, após outros Estados também oferecerem ajuda.

“Não são apenas bebês, mas são também mulheres grávidas. São essas gestantes que também foram comprometidas pela Covid e que também necessitam de assistência”, disse Gorinchteyn.

“Nós queremos saber quantas ainda precisam da nossa atenção e assistência e prontamente estaremos acolhendo aqui em São Paulo.”