Amazon terá auditoria racial liderada por ex-procuradora-geral
A Amazon concordou em passar por uma auditoria independente de equidade racial, juntando-se a empresas como Citigroup e Tyson Foods.
A auditoria – uma análise de empresas para ver se seus negócios causam e perpetuam discriminação – será liderada pela ex-procuradora-geral dos EUA Loretta Lynch, agora sócia do escritório de advocacia Paul, Weiss, Rifkind, Wharton & Garrison, disse a Amazon em comunicado a acionistas.
A revisão medirá impactos de disparidades raciais nos funcionários horistas da Amazon nos EUA resultantes de políticas, programas e práticas, disse a maior varejista online do mundo. A empresa com sede em Seattle disse que publicará os resultados da auditoria uma vez concluída.
O fundo de aposentadoria do estado de Nova York e o tesoureiro do estado, Thomas DiNapoli, que pressionou a Amazon a realizar uma auditoria racial, disseram que esperavam saber mais sobre o plano da Amazon para a revisão.
Mas disseram que “continuam preocupados com o fato de a empresa ter fornecido poucos detalhes e não ter garantido que a auditoria será independente”.
O fundo de pensão de Nova York entrou com uma resolução de acionista junto à Amazon em 2021 pedindo uma auditoria, citando suposta discriminação dos trabalhadores negros e latinos da empresa, seus baixos salários e exposição a condições de trabalho perigosas, incluindo Covid-19, bem como a poluição do ar de instalações de distribuição localizadas em bairros minoritários. A Amazon também foi criticada por seu software de reconhecimento facial.
Embora a proposta tenha falhado, obteve 44,2% de apoio dos acionistas, de acordo com a Bloomberg Intelligence, o nível mais alto entre todas as resoluções de auditoria racial que foram votadas durante as assembleias anuais de acionistas no ano passado. O plano de pensão de Nova York submeteu uma proposta similar para a reunião anual da Amazon em 25 de maio.
A Amazon está aconselhando os acionistas a votarem contra a resolução porque a empresa agora está fazendo uma auditoria. Um porta-voz da empresa se referiu ao comunicado a acionistas apresentado na semana passada.
A Amazon se junta a outras empresas, incluindo JPMorgan, que concordaram em realizar auditorias raciais depois de inicialmente se oporem.
Eles citaram seus esforços, como financiar faculdades e universidades historicamente negras, executar programas de liderança para minorias sub-representadas e canalizar dezenas de milhões de dólares para ajudar a fechar a disparidade de riqueza racial.
Os acionistas da Apple apoiaram um pedido no mês passado para que a gigante de tecnologia passasse por uma auditoria de direitos civis – a primeira vez que uma resolução desse tipo foi aprovada. A Airbnb foi a primeira empresa a fazer uma auditoria racial em 2016. Starbucks e Facebook, agora chamada Meta, seguiram depois.
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