Amazon recebe autorização para testar entrega por drone nos EUA
A gigante do varejo Amazon (AMZN) deu um grande salto em direção às entregas pelo céu ao se tornar uma das poucas empresas certificadas pelo governo dos EUA para operar como companhia aérea de drones.
A agência federal de aviação (Federal Aviation Administration ou FAA) designou a Amazon Prime Air como “transportadora aérea”, conforme comunicado distribuído pela empresa nesta segunda-feira.
A designação permite que a Amazon inicie suas primeiras entregas comerciais nos EUA sob um programa de testes, usando os dispositivos de alta tecnologia apresentados para esse propósito no ano passado.
A Amazon e concorrentes ainda precisam superar algumas barreiras técnicas e regulatórias antes que possam transportar pelo céu pequenas embalagens de ração de gato ou pasta de dente e entregá-las rotineiramente nas casas dos clientes.
No entanto, a decisão mostra que essas companhias convenceram o governo americano de que estão prontas para operar em ambientes altamente regulamentados como a aviação.
A FAA confirmou a aprovação, acrescentando em comunicado que vem tentando apoiar a inovação no segmento de drones e ao mesmo tempo garantir que os dispositivos operem com segurança.
A Amazon se junta à Wing, subsidiária da Alphabet, e à United Parcel Service (UPS) entre as empresas que conseguiram aprovação da FAA para operar sob os regulamentos federais que regem companhias aéreas de pequeno porte e operadoras de voos fretados.
Juntamente com as parceiras Walgreens e FedEx, a Wing tem feito entregas limitadas com drones desde o ano passado no estado da Virgínia após receber aprovação semelhante da FAA. A UPS faz voos com suprimentos médicos dentro de um complexo hospitalar em Raleigh, Carolina do Norte. Empresas menores e startups também estão buscando aprovações ampliadas da FAA.
A Amazon avisou que começará a realizar testes de entrega, mas se recusou a informar onde e quando. A FAA está se preparando para finalizar um conjunto de regulamentos até o final do ano para expandir os voos de drones sobre multidões, peça fundamental para a realização de entregas.
As regras exigirão, por exemplo, que os aparelhos transmitam sua identidade e localização para minimizar riscos de terrorismo ou colisão com outras aeronaves.
Esse seria apenas o primeiro passo. Para operarem de forma eficiente, os drones precisam voar rotas pré-programadas sem pilotos humanos observando cada movimento.
A Amazon, por exemplo, apresentou no ano passado planos para que seus dispositivos — uma família de drones conhecida como MK27 — façam entregas em um raio de 12 quilômetros em torno de um galpão e cheguem aos clientes em 30 minutos. As embalagens entregues podem pesar mais de 2 quilogramas.
As regulamentações atuais dos EUA não permitem esses voos de forma autônoma. A FAA ainda não criou padrões para essas operações.