Amazon não consegue competir com varejistas nacionais mesmo ampliando o catálogo
A Guide Investimentos avaliou como negativa a ampliação do catálogo de produtos da Amazon no Brasil em mais uma tentativa da companhia de expandir sua operação no país.
Mesmo representando um possível aumento da concorrência pelas varejistas brasileiras, a corretora continua reticente quanto à capacidade do e-commerce americano de competir à altura de empresas consagradas no setor, como Magazine Luiza (MGLU3), B2W (BTOW3), Centauro (CNTO3) e Via Varejo (VVAR3).
“O mercado do varejo eletrônico brasileiro possui diversas peculiaridades em relação ao mercado americano, em questões como comportamento do consumidor, dificuldades logísticas, arcabouço tributário complexo e desenvolvimento do relacionamento com sellers, o que dificulta a entrada de players estrangeiros”, complementou a Guide.
Outro ponto destacado pela corretora é que a logística do setor e o reconhecimento das varejistas nacionais favorecem a atuação dos players locais.
A Amazon passará a oferecer cerca de 25 categorias de produtos, dentre eles café, bebidas, material esportivo, artigos para pets e outros.
Os novos itens ampliam para cerca de 600 mil a quantidade de produtos elegíveis para o frete grátis no segmento Prime, que inclui entregas ilimitadas, streaming de vídeo, música, games e livros digitais por R$ 9,90 ao mês.
Novidades
As concorrentes também continuam a lançar novas soluções. Nesta terça-feira, a Centauro inaugurou com a B2W uma parceria que pode impulsionar a sua pouco explorada divisão online e dar um fôlego adicional às suas ações.
Segundo a varejista de artigos esportivos, a iniciativa “Centauro by Americanas.com” dará acesso “a uma completa experiência omnichannel Centauro, que proporciona aos seus clientes diversas facilidades, como Click & Collect, entrega expressa, experimentação e troca de produtos”.
Pontuação muito inferior
Outra frente em que a Amazon precisa avançar muito está na percepção dos usuários da plataforma. Os dados colhidos pelo BTG Pactual com base na plataforma Reclame Aqui colocam a empresa americana em nível abaixo das brasileiras.
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