Amazon.com (AMZN) diz que projeto de lei nos EUA mira contra empresa
A Amazon.com (AMZN) criticou nesta quarta-feira um projeto de lei no Congresso dos Estados Unidos que impede gigantes da internet de dar preferência a seus próprios negócios em suas plataformas, dizendo que o texto destaca injustamente a varejista sem sujeitar rivais a regulamentações semelhantes.
A Amazon afirmou que o projeto “coloca em risco as coisas que os consumidores norte-americanos mais amam na Amazon: a vasta seleção de produtos, preços baixos possibilitados pela abertura de nossa loja a parceiros de vendas terceirizados e a promessa de frete rápido e gratuito por meio da Amazon Prime”.
A empresa afirma que o texto mira apenas contra a própria Amazon, definindo critério de valor de mercado de pelo menos 550 bilhões de dólares para que uma empresa tenha que se sujeitar às regras, e que rivais como Walmart, Target e CVS seriam excluídos das normas.
“Em 2021, o Walmart teve receita anual de 559 bilhões de dólares, quase 90 bilhões de dólares a mais que a Amazon”, acrescentou a Amazon. “Mas o Walmart está excluído, apesar de também ser um grande varejista que permite que pequenas empresas vendam em seu mercado online.”
O Senado dos Estados Unidos pode votar o projeto já neste mês. O texto já foi aprovado pelo Comitê Judiciário do Senado em janeiro, apesar do forte lobby contrário de altos executivos, como o presidente-executivo da Apple, Tim Cook. O projeto também passou pelo Comitê Judiciário da Câmara no ano passado.
Os senadores Amy Klobuchar e Chuck Grassley, que co-patrocinaram o texto, chamado American Innovation and Choice Online Act, dizem que ele é necessário para proteger as pequenas empresas. O projeto recebeu apoio de grupos como a Main Street Alliance e o Small Business Rising.
A Amazon afirma que o projeto de lei pode prejudicar as centenas de milhares de pequenas empresas que vendem mercadorias em sua plataforma, pois as grandes multas previstas no texto em caso de violações “tornarão difícil justificar o risco da Amazon em oferecer um mercado no qual os parceiros de vendas possam participar”.
A empresa sustenta que o projeto de lei exige que “a Amazon permita que outros fornecedores de logística atendam aos pedidos Prime” e poderia tornar “potencialmente impossível na prática, para a Amazon e nossos parceiros de vendas oferecerem produtos com frete grátis e entrega em dois dias pelo Prime”.
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